Se você for em algum rodeio no Vale do Rio Pardo, é bem provável que encontre Alexandre Jordi — mais conhecido como Xande — gravando um vídeo no qual entrevista os presentes no evento sobre assuntos relacionados ao meio rural, como ele mesmo descreve seu conteúdo.
Aos 23 anos, o gaúcho de Santa Cruz do Sul tem vivido a experiência de conquistar visualizações, curtidas e seguidores nas redes sociais. Nesta quinta-feira (4), após a repercussão de um vídeo em que questiona o público sobre as "piores raças de cavalo" furar a bolha e cair nas graças dos virais da internet, ele atingiu a marca de 100 mil seguidores no Instagram. Já no TikTok, são mais de 218 mil.
Nascido no interior, Xande cresceu com a mãe professora e o pai domador de cavalos. A partir dessa relação de infância com o animal, acabou virando técnico de agropecuária. Passou por alguns trabalhos mais convencionais, como porteiro à noite, mas não encontrava motivação em ser funcionário. A ideia, então, era começar um negócio próprio, mas faltava o dinheiro. Nessa época, conta que "não entendia nada sobre internet". Começou a estudar pelo YouTube e decidiu criar um canal por lá.
— Faz quase dois anos que comecei. No início, eu só narrava, fazia um roteiro e botava as imagens. Foi assim por um bom tempo. Depois, comecei a botar meu rosto, mas era só sobre parte rural mesmo, curiosidades. E daí cresceu um pouco o número de seguidores e tal, mas não estava dando tão certo — conta ele.
Foi há cerca de três meses atrás que Xande percebeu que as entrevistas na rua estavam bombando em outros nichos da internet. Viu que ninguém da área estava apostando nesse formato e decidiu arriscar. Foi a chave do sucesso.
— Nos eventos, com o público que é do meu nicho, praticamente todo mundo já me conhece. Mas começou o pessoal de fora a me conhecer. Ontem eu fui no posto de gasolina, e o cara perguntou para mim se eu ia lá gravar vídeo. O encanador que veio aqui em casa me reconheceu. Então, claro que faz muito pouco tempo que tomou essa proporção um pouco maior, mas já tem bastante gente me reconhecendo — relata.
Ao viajar para Balneário Camboriú, onde não tinha o público entendido do assunto para participar dos posts, Xande precisou recorrer a perguntas mais genéricas. O resultado? Respostas inusitadas e vídeos engraçados, que também agradaram os seguidores. Agora o objetivo é expandir as gravações com os dois perfis de entrevistados.
Sobre a repercussão dessa semana, o gaúcho explica que nem todo mundo que visualiza os vídeos conhece profundamente os conteúdos abordados por ele.
— A gente acha, às vezes, que esse conteúdo atinge só o público que gosta. Mas, na verdade, esses vídeos que viralizam um pouco mais, a maior parte do meu público é de pessoas que só têm um pouco de curiosidade e não conhecem realmente (assuntos relacionados à agropecuária) — diz, acrescentando que a maioria dos seus seguidores tem entre 24 e 35 anos.
Por fim, questionado por GZH sobre qual a raça de cavalo ele nunca teria, Xande não desviou e justificou sua resposta.
— Como eu sou do laço, assim, dos rodeios e tal, eu com certeza não teria um mangalarga marchador. É muito bom para cavalgadas, para outros esportes, mas para o que a gente pratica aqui não tem como, ele não consegue praticar esse esporte por causa da própria marcha. Então, eu não teria um mangalarga marchador — conclui.
