Temperatura, acústica, velocidade de construção, pouco desperdício e a realização do sonho de morar perto do mar. São esses os benefícios elencados por Deise Linhares e Vinicius Marafigo de morar em uma "casa de isopor" na Praia do Rosa, em Santa Catarina.
O casal, junto há 20 anos, morava em Canoas, na Região Metropolitana, quando escolheu largar o emprego fixo e a estabilidade financeira para investir na moradia de dois andares feita com material diferenciado. Apesar dos receios, quando foram passar "uns dias" no Rosa, durante a pandemia, eles perceberam que não queriam mais voltar. Foi então que aquele esboço de futuro virou planos mais imediatistas.
— Vínhamos há muitos anos já nos organizando, até que a gente criou coragem e foi — conta Deise.
— Ficávamos deixando para depois e depois... E aí chegou uma hora em que a gente viu que não pode mais deixar as coisas para depois e resolveu dar prioridade para o nosso sonho — acrescenta Vinicius.
Os vídeos em que os dois explicam peculiaridades da construção têm feito sucesso nas redes sociais. Nos posts, eles aproveitam para responder às dúvidas dos seguidores. Por exemplo, que a casa é revestida com aço, concreto e mais uma camada de reboco, o que deixa o local mais resistente do que as construções comuns.
Para eles, a repercussão foi inusitada, já que a ideia era apenas dar uma dica sobre a alternativa de material. Agora, eles buscam inspirar os seguidores (que não param de aumentar) a investir em qualidade de vida, que garantem ser o maior benefício da mudança.
— Quando a gente se mudou, não tinham as portas da casa. Nem da frente, nem dos quartos. E ainda estava sem luz. Ficamos assim por quase 20 dias — lembra Vinicius, divertindo-se sobre o início da empreitada.
Desafiados pela reportagem de GZH a elencar cinco vantagens da mudança, eles reagiram: "Só cinco?!". Na lista do casal, está o contato com a natureza, a espiritualidade, a disposição para exercícios físicos, a fuga da correria da cidade, o maior tempo de qualidade com os amigos e alimentação mais saudável.
— O que as pessoas fazem? Trabalham e, se sobra tempo, elas aproveitam e vivem. A gente fez o oposto. Nossa prioridade de vida hoje são as amizades, a conexão com Deus e com a natureza. O trabalho tem que entrar no meio disso, mas não pode tomar toda a nossa vida — opina Vinicius.