Para marcar o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, nesta terça-feira (2), GaúchaZH selecionou quatro histórias que mostram como a empatia é importante para lidar com o transtorno. Tem o veterinário que "operou" um gato de pelúcia para fazer a alegria de uma menina até o analista de suporte que desenvolveu um menu no estilo do usado pela Netflix para um menino que queria assistir Procurando Nemo.
De causas ainda não totalmente compreendidas pela ciência, apesar de ter sido descrito pela primeira vez há mais de 70 anos, o autismo não tem cura. Pode ser identificado ainda na primeira infância e vai acompanhar o paciente pelo resto da vida. Atitudes simples podem ajudar a lidar com o transtorno. Veja exemplos:
Veterinário “opera” gato de pelúcia de menina autista
Jazmine, uma menina autista de seis anos, estava preocupada com sua fiel companheira, a gata Donnie: o pet sofrera um pequeno corte no pé direito e precisava de atendimento. Para resolver a situação, a mãe de Jazmine, Susie Efigenio, ligou para uma clínica veterinária de Moses Lake, em Washington (EUA), e marcou uma consulta com o médico veterinário Dick Maier. Até essa parte, tudo ok. O fato curioso é na paciente: Donnie é um gato de pelúcia.
A mãe postou uma imagem do atendimento, em que o veterinário faz uma “operação” para salvar o gato, e a publicação viralizou nas redes sociais. Leia a história completa.
Menu personalizado da Netflix
Rodrigo Lima, um analista de suporte de 22 anos de Carapicuíba, no interior de São Paulo, se tornou um exemplo de empatia ao ajudar uma mãe que pedia a volta do filme Procurando Nemo ao catálogo da Netflix . O problema é que o filho de Fernanda Torres, com seis anos e diagnóstico de autismo, tinha crises porque não podia mais ver o o filme no mesmo padrão do aplicativo de streaming.
O jovem viu a postagem da mãe pedindo a volta do desenho e que explicava que não bastava assistir no YouTube ou num simples DVD e resolveu ajudá-la: fez uma cópia do filme com um menu personalizado da Netflix. Leia a história completa.
Prêmio após ligar por socorro e salvar a mãe
Tyler Semple, um menino de cinco anos que mora no Reino Unido, precisou enfrentar uma de suas maiores dificuldades para tentar salvar a mãe: falar com estranhos. Diagnosticado com autismo, Tyler se viu em uma situação em que teve que agir. Precisou ligar para os paramédicos para que viessem socorrê-la. Os socorristas perceberam que o menino tinha autismo e orientaram a criança no atendimento.
Tyler e a irmã mais nova, Annabella, foram reconhecidos pela coragem e receberam da Sociedade Nacional de Autismo do Reino Unido um certificado de reconhecimento. Para a instituição, seria um feito fantástico para qualquer criança de cinco anos, mas significa ainda mais quando ela tem autismo. Leia a reportagem.
Símbolo de autismo nos caixas
Mãe de um menino de nove anos com autismo, Maiara Semeler, teve de enfrentar reclamações de um cliente do supermercado onde faz compras no litoral gaúcho porque estava com o filho no caixa prioritário.
— O senhor pediu para eu me retirar porque era um caixa para idosos. Eu disse que meu filho era autista e que tinha direito. Ainda assim, o homem ficou resmungando. Fui falar com a direção do supermercado porque sei que a empresa recebe bem, sou cliente há muito tempo, e pedi que colocassem o símbolo do autismo no caixa. Prontamente, eles colocaram o sinal e eu fiquei muito feliz.
A iniciativa foi replicada em outros supermercados da rede Super da Praia. Em Porto Alegre, uma lei sancionada em fevereiro de 2019 obriga o uso do símbolo do autismo nos caixas prioritários. Leia a reportagem na coluna de Giane Guerra.