Um carro de passeio no asfalto, o Renegade Moab assumiu a sua tripla personalidade quando enfrentou a estrada de terra ou a areia da beira da praia. Versátil, o utilitário esportivo compacto é bem completo e sobrou potência ao conjunto propulsor para enfrentar qualquer terreno. Rodamos 1.200 quilômetros por cidades e estradas gaúchas com um Jeep Renegade Moab 2.0 Diesel AT9 que tem preço de R$ 139.690.
A proposta da Jeep com a nova opção foi manter o manter o DNA off-road mas com preço mais acessível em relação ao Longitude 2.0 Diesel AT9. Batizado de Moab, reverência o deserto de Utaah, nos Estados Unidos, onde a Jeep testa protótipos e promove eventos, como lembrou a jornalista Priscila Nunes, testamos todas as versões do Renegade e o comportamento da nova opção é semelhante ao do Longitude, diferenciado principalmente por detalhes de acabamento.
Lançado em 2015, o Renegade liderou o segmento de utilitários esportivos junto com o irmão Compass.
Em 2020 foi o segundo SUV vendido no país e nono modelo na classificação geral com 56.885 registros, seguindo o Volkswagen T-Cross.
Com o Moab, a Jeep pretende reduzir a preferência dos modelos 1.8 flex em relação aos diesel.
Ruas e estradas
Rodamos com Renegade Moab em Porto Alegre e nas estradas do litoral gaúcho. O barulho mais alto do motor diesel chamou a atenção da Priscila quando ligou o carro e arrancou. “ Parado, o motor praticamente não vibrou e o isolamento acústico reduziu o nível de ruído interno”.
Na cidade, o Moab rodou tranquilo e, nas estradas, os 170 cv e força de 35,7 kgfm foram bem distribuídos pelo câmbio automático de nove velocidades. O 2.0 diesel respondeu bem com acelerações, retomadas de velocidade fortes e ultrapassagens seguras. A troca de marchas foi precisa e imperceptível.
Ágil nas ruas, o Moab repetiu o desempenho dos irmão diesel. Nos trechos de terra e de areia da beira da praia, os pneus de uso misto 215/60 R17, a tração 4x4 e os quatro modos de condução facilitaram encontrar a combinação certa para o melhor desempenho em relação ao piso.
No asfalto ou fora de estrada, os freios a disco nas quatro rodas, os controles eletrônicos de estabilidade, tração e descida, o assistente de partida em rampa e bloqueio eletrônico do diferencial traseiro entraram em ação quando preciso e ajudaram a condução.
A direção elétrica garantiu perfeito domínio do utilitário esportivo. A suspensão independente nas quatro rodas ignorou os buracos, as lombadas e os quebra-molas comuns nas nossas ruas e estradas. Na terra, ajudou superar obstáculos e manter o conforto interno. O sensor de obstáculos traseiro e a câmera de ré ajudaram nas manobras de estacionamento.
O Moab repetiu o bom consumo de combustível das versões diesel. Na cidade, as medias ficaram entre 10,9 a 12,1 km/l conforme o fluxo de tráfico. Na estrada, em velocidade constante de 80 km/ percorreu entre 14,3 a 16,7 km/l e a 110 km/h, de 12,8 a 15,5 km/l.
Design e interior
O visual escurecido com a grade frontal preta, os ganchos de reboque na dianteira e na traseira também na cor preta, faróis de neblina, adesivos com o nome de versão e rodas de liga leve de 17 polegadas com desenho exclusivo chamaram a atenção da jornalista.
Interior com detalhes cinza e preto, o revestimento dos bancos é em tecido. “ Um ponto que não deixo de testar é a central multimídia. No Moab, a Uconnect com tela de 7 polegadas sensível ao toque e interativa com Apple CarPlay e Android Auto por fio é intuitiva e fácil de usar. O carro poderia ter conexão sem fio como os modelos mais atualizados”.
Para a jornalista, testar o Moab foi uma experiência ótima. “Sou fã da marca Jeep. Sempre gostei de andar no Renegade e com essa versão não foi diferente”.
Conclusão: A nova versão Moab facilitou o acesso ao segmento de jipes diesel para aventura fora de estrada. Bem equipado, o comportamento é semelhante ao das opções com o mesmo combustível e tração 4x4. A relação custo/benefício e o uso que o Renegade terá deverão ser avaliados considerando as opções 1.8 flex 4x2.