A mobilidade de um mundo em movimento foi a proposta do Nissan Eletric Café. Além de apresentar seus carros e formas de eletrificação, a japonesa mostrou a decisão de divulgar e ampliar o avanço dos veículos elétricos e a importância para a movimentação nas cidades e estradas. Revelou que está desenvolvendo a tecnologia da célula de combustível combinada com o etanol.
O Nissan Electric Café é uma iniciativa regional que mostra o potencial da mobilidade elétrica. A primeira edição foi realizada na América Latina em Santiago, no Chile, em 2018. No evento realizado Autódromo de Interlagos, nesta semana, os jornalistas conheceram os planos da japonesa para a eletrificação no país, que vai muito além do Leaf, e dirigiram carros elétrico Leaf, o híbrido X-Trail e e-power Note.
O presidente da Nissan no Brasil, Marco Silva, enfatizou a importância da eletrificação que é um dos pilares da visão da mobilidade inteligente e o portfólio global inovador com diferentes soluções de tecnologias eficientes que inclui o Leaf.
- No Brasil, temos o compromisso de contribuir para o desenvolvimento da mobilidade elétrica - .
Além da chegada no Leaf, nos próximos meses, a Nissan desenvolve parcerias estratégias com instituições e empresas para garantir o ciclo completo do veículo de emissão zero no país.
A bateria poderá ser reutilizada para outros fins como uso residencial.
O Brasil faz parte da meta da Nissan de vender mais de 1 milhão de carros eletrificados por ano em todo o mundo até 2022. A adoção de uma plataforma híbrida global no país poderá combinar a tração elétrica com o motor a combustão para gerar a energia. A arquitetura que equipa o Note poderá ser compartilhada com os modelos montados em Resende (RJ) como o Kicks.
A plataforma e-Power combina a gasolina 1.2 que produz energia para a tração 100% elétrica. Usada no Note desde 2016, levou o hatch compacto a posição do carro mais vendido no Japão em 2018.
Marco Silva lembrou que o mercado brasileiro precisa conhecer a eletrificação e que o sistema híbrido seria a melhor solução. Destacou que a tecnologia e-Power híbrido flex seria a mais atraente para o país, que está sendo desenvolvida com a vantagem do uso do etanol, mas ainda sem data para chegar. A engenharia brasileira da Nissan realiza os testes em conjunto com a matriz japonesa.
Híbrido Convencional
O sistema híbrido convencional combina motor a combustão e elétrico que operam independentes na maioria das situações. A partida é com o elétrico e dependendo do nível da bateria e da demanda de aceleração o motor a combustão é acionado. Também podem trabalhar juntos. A regeneração de energia ocorre ao frear e recarrega a bateria.
A Nissan X-Trail Híbrido, que deverá chegar ao Brasil em 2020, tem motor 2.0 16V de 142 cv e força (torque) de 19,8 kgfm de torque e um motor elétrico de 40 cv e força de 16,3 kgfm. O conjunto proporciona ao X-Trail Híbrido um consumo de até 19,6 km/l na estrada.
SOFC
O sistema Solid Oxid Fuel Cel (SOFC) está em testes no Brasil e combina a tecnologia de combustível líquido, hidrogênio e eletricidade. Apesar não é um conjunto híbrido pois não existe combustão. O álcool produz, por meio de uma reação química, o hidrogênio que alimentará a pilha de combustível, gerando a eletricidade. A energia do SOFC é gerada pela reação com o etanol. Isso faz com que o Nissan SOFC consiga uma autonomia superior a 600 km. Suas emissões de carbono-neutro são tão limpas quanto a atmosfera, o que será a parte do ciclo natural do carbono.
e-Power
A tecnologia combina um motor a combustão com outro elétrico mas não pode ser confundida com o sistema híbrido convencional. O motor a gasolina alimenta um gerador que recarrega a bateria para produzir energia para mover as rodas do veículo.
O sistema e-Power foi desenvolvido com base na tecnologia do Nissan LEAF. Sem limite de autonomia provoca com baixíssimas emissões. Equipado com a tecnologia, o Nissan Note foi o carro mais vendido no Japão em 2018. A versão e-Power respondeu por 70% das vendas.
O Leaf é o carro mais vendido do mundo em seu segmento. O conjunto propulsor gera 110 kW (149 cv) e força (torque) de 32,6 kgfm. As duas baterias de íons de lítio são de 40kWh.
A recarga é feita na rede elétrica de duas formas: rápida em estações de alta potência que fornece até 80% em apenas 30 min. A normal pode ser feita nas tomadas domésticas. A autonomia é de 389 km em ciclo urbano pelos padrões WLTP (270 km em ciclo combinado), e 240 km pelo EPA.
Durante o evento os jornalistas dirigiram três carros Nissan: os elétricos Leaf e Note e o híbrido X-Trail. Foram voltas rápidas num trecho improvisado da pista do autódromo de Interlagos, incluindo a Curva do Senna, no sentido invertido.
Viagem a convite da Nissan