Com PRISCILA NUNES / Especial
O eficiente conjunto propulsor, o bom espaço interno e os recursos eletrônicos valorizaram o Virtus. O sedã superou o comportamento do irmão o Polo nos 600 quilômetros que rodamos nas ruas e estradas gaúchas. O aumento da distância entre eixos de 8,5 centímetros em relação ao hatch fez a diferença. O Volkswagen Virtus Highline 200 TSI custa R$ 79.990 sem opcionais que acrescem R$ 3.300.
Montado sobre a plataforma MQB, com o terceiro volume, o Virtus cresceu 42,5 centímetros em relação ao Polo e tem 4,482 metros de comprimento. Também cresceu na largura - 1.96 m – mas manteve a mesma altura de 1,46 m. A distância entre eixos maior - 2,561 m - garantiu bom espaço para os cinco ocupantes e 521 litros no porta-malas.
O design do Virtus acompanha a identidade da Volkswagen e remete ao Polo.
Vincos marcam o visual destacado por cortes que acompanham a entrada de ar e separam o conjunto óptico principal com iluminação diurna (DRL) em LED e os faróis de neblina com luz de conversão estática.
Os faróis, a grade do radiador, o para-choque de linhas horizontais e o capô mais baixo criam a impressão que o sedã é mais largo. A linha dupla em forma de flecha que corre dos para-lamas dianteiros às extremidades das lanternas destaca as laterais. As rodas de liga leve de 17 polegadas e pneus 205/50 R17 completam o visual.
O motor de três cilindros 1.0, 12 válvulas, turbo e injeção direta de combustível garantiu o bom desempenho da versão topo de linha do Virtus, a Highline. Os 115 cv (gasolina) e força (torque) de 20,4 kgfm foram bem distribuídos pelo câmbio automático de seis velocidades.
Retomadas rápidas nas ruas, sobrou força para ultrapassagens seguras. O câmbio aproveitou bem a potência do TSI com trocas rápidas de marchas praticamente imperceptíveis, inclusive pelo modo sequencial através da aletas atrás do volante.
Para quem quiser desempenho ainda melhor na estrada, é só abastecer com etanol. São 13 cavalos a mais (128 cv) que fizeram a diferença embora a força permaneça os mesmos 20,4 kgfm. Com a troca sequencial de marchas, o Virtus virou um vídeo game.
O consumo de combustível foi compatível com o desempenho. Com gasolina, as médias ficaram entre 9,4 km/l a 11,6 km/l na cidade. Na estrada, variou de 14,2 km/l a 16,9 km/l, a 80 km/h e de 13,4 km/l a 16,1 km/l, a 110 km/h. Conforme a montadora, o Virtus TSI acelera de 0 a 100 km/h em 9,9 segundos e atinge a velocidade máxima de 194 km/h (etanol).
A direção elétrica progressiva atendeu com respostas diretas. Macia nas manobras de estacionamento, acompanhou o aumento da velocidade.
O volante é multifuncional com aletras para a troca sequencial de marchas.
Bem calibrada, a suspensão - McPherson na frente e semi-independente atrás – permitiu aproveitar bem o TSI. Firme sem prejudicar o conforto, garantiu perfeita estabilidade em trechos sinuosos nos limites de velocidade. Absorveu pequenas irregularidades do piso sem transmitir vibração. Mas sentiu as crateras das ruas e estradas gaúchas.
A jornalista Priscila Nunes, que também conduziu o Virtus, elogiou o acabamento interno, o conforto e o comportamento do sedã familiar. Como o Polo, apesar de maior, transmitiu excelente sensação de segurança e pleno domínio do carro.
O espaço nos surpreendeu. Generoso na frente, acomodou três adultos no banco traseiro, mas com limitações no acento do meio que acomodaria melhor uma criança. No porta-malas, a capacidade de 521 litros pode ser aumentada com o rebatimento do banco traseiro bipartido.
- O banco com ajuste de altura e o volante com regulagem de altura e profundidade permitiram encontrar a melhor posição para dirigir por um longo período, como os 200 quilômetros que separam a Zona Sul de Porto Alegre e Torres - afirmou Priscila.
O quadro digital de instrumentos com informações bem completas foi fácil de visualização. "Personalizei as informações e na estrada aproveitei para usar as diversas opções como o mapa de navegação do GPS e os detalhes de operação do motor. Também usei a conectividade da central multimídia com o Apple CarPlay".
Acesso por aproximação e partida por botão, o Virtus Highline conta com volante multifuncional, ar-condicionado digital, central multimídia Discover Media com tela de oito polegadas sensível ao toque e interativa com o Android Auto e o Apple CarPlay, navegação por GPS, câmera traseira e viva-voz, bluetooth e MP3 player, saídas de ar e entrada USB no banco traseiro.
O sedã premium também traz controle eletrônico de velocidade, sensores de crepuscular, chuva e estacionamento e indicador de pressão dos pneus.
O Virtus Highline conta ainda com airbags frontais e laterais, Isofix, controles eletrônicos de estabilidade e de tração, assistente de partida em rampa,bloqueio eletrônico do diferencial, detector de fadiga, pressão dos pneus, sistema de frenagem pós-colisão.
Conclusão: O Virtus, na versão topo de linha Highline, é bem equipado e conta com ótimo conjunto propulsor, potente sem comprometer o consumo de combustível. Espaço generoso para um sedã do seu segmento, traz diversos recursos eletrônicos. Mas o destaque, o quadro digital de instrumentos, opcional, eleva o preço para R$ 83.290.