Com PRISCILA NUNES / Especial
Ousados, chamam a atenção em todo o lugar. O carro por suas linhas avançadas, o silêncio ao rodar e o baixo consumo de combustível. O ídolo do Grêmio por suas jogadas inesperadas, pelos gols e lances decisivos, pelos títulos conquistados. Na semana passada Renato Gaúcho, como é conhecido no país, ou Renato Portaluppi, como os gaúchos preferem, recebeu um Toyota Prius como prêmio por ser o técnico campeão das Américas. Rodamos 1.800 quilômetros pelas ruas e estradas gaúchas com um híbrido igual ao que Renato ganhou. O Toyota Prius custa R$ 126.600.
O visual arrojado, o interior confortável e os avançados recursos eletrônicos qualificam o Prius. Nas últimas semanas repetimos o test-drive que fizemos em 2017 quando rodamos 500 quilômetros por Porto Alegre, região metropolitana e Serra gaúcha. Desta vez foram 1.800 quilômetros incluindo também o litoral catarinense até Laguna.
Em maior tempo e distância, observamos melhor o comportamento e a versatilidade do hatch híbrido com a atenção principal no consumo de combustível. Na quarta geração, a bateria instalada embaixo do banco traseiro, diminuiu o peso do carro e aumentou a economia de combustível e a autonomia. Na cidade, o sistema de recuperação de energia ao frear, ajudou recarregar a bateria. Com o start-stop, no anda e para do trânsito urbano, o Prius rodou muito com o motor elétrico.
A frente, a linha descendente do teto, a traseira e a base do porta-malas rebaixadas beneficiaram a aerodinâmica com o Cx de 02,4. Montado sobre a nova plataforma global TNGA , o uso de alumínio e aços especiais reduziu o peso, baixou o centro de gravidade, aumentou a rigidez torcional e melhorou a estabilidade e a condução.
Os dois motores funcionam combinados e atuam em conjunto com o câmbio continuo variável (CVT). Por botões no console, o condutor pode escolher os modos de condução: Eco (reduz o consumo de combustível), normal e Power (melhora o desempenho) ao combinar o propulsor a gasolina com o elétrico. O conjunto propulsor garantiu bom desempenho na cidade quando andou a maior parte do tempo apenas com o motor elétrico. Os motores 1.8 a gasolina de 98 cv e força de 14,2 kgfm e o elétrico de 72 cv e 16,6 kgfm combinados geram 123 cv distribuídos pelo câmbio contínuo variável (CVT).
Ao acionar a partida por botão, o Prius deixou a impressão de que o motor estava desligado, o que nos confundiu por diversas vezes. Pelo silencio, Priscila duvidou, mas o carro arrancou apenas com o motor elétrico. O VVT-i a gasolina só entrou depois dos 50 km/h ou quando pisamos mais forte no acelerador.
Como no teste anterior, na Serra gaúcha, desta vez no litoral, o Prius rodou tranquilo na BR-290, entre Porto Alegre e Osório à velocidade de 110 km/h com baixo nível de ruído. O que também ocorreu na BR-101 entre Osório e Laguna.
Sem pretensões esportivas, o sistema híbrido ofereceu potência suficiente para atender as necessidades do anda e para no trânsito urbano. Também para retomadas de velocidade e ultrapassagens seguras nas estradas.
Silencioso, direção elétrica precisa e ótima suspensão, ignorou trechos sinuosos sem comprometer a estabilidade, o conforto e o consumo de combustível. Também silencioso, o CVT distribuiu bem a potência do conjunto propulsor. O desempenho nos modos Eco (econômico) e Normal reduziu a queima de gasolina. No Power, melhorou o comportamento mas gastou mais.
Pelos dados do Inmetro, o consumo médio no ciclo urbano é de 18,9 km/l, e na estrada de 17 km/l. Nossos dados foram melhores nos dois testes. Nas ruas de Porto Alegre, o híbrido fez médias de 4,7 l/100 km (21,2 km/l) a 5,6 l/100km (17,8 km/l) rodando muito apenas com o motor elétrico.
Na estrada, fizemos uma aposta quem gastaria menos combustível no percurso aproximado de 380 km entre a Zona Sul de Porto Alegre e Laguna. No modo ECO, na ida, fiz a média final de 5,1 l/100 km (19,6 km/l) na velocidade em torno de 110 k/h. Na volta, no mesmo trecho, Priscila foi melhor com a média geral de 4,9 l/100 km (20,4 km/l). Nas estradas com velocidade limitada a 80 km/h, as medias ficaram entre 4,3 l/100 km ( 23,2 km/l) e 4,8 l/100 km (20,8 km/l).
O visual futurista valoriza as formas pontiagudas e recortes na frente, laterais e traseira. O conjunto ótico com faróis em LEDs e luzes de iluminação diurna invade para-lamas, capô e para-choque. As lanternas traseiras, também e LEDs, mais finas e compridas avançam até o aerofólio.
Abertura por sensor de aproximação e sete sete airbags – frontais, laterais e de joelho para o condutor – o Prius conta com recursos eletrônicos que auxiliam a condução e aumentam a segurança: controles de estabilidade e tração, controlador eletrônico e sistema adaptativo de velocidade, alertas anti-colisão, cruzamentos e pontos cegos.
A jornalista Priscila Nunes, que também conduziu o Prius, continuou destacando o design futurista, híbrido que “parece um carro de filme” e chama a atenção na rua.
-Dirigi a noite o gostei muito da iluminação perfeita dos faróis, principalmente nas curvas garantido ótima visibilidade. O avançado quadro digital de instrumentos facilitou a visibilidade, mostrou todas as informações necessárias e até permitiu calcular o preço do quilômetro rodado.
Na comparação com o teste na Serra gaúcha, a editora multimídia considerou melhor o do litoral pela experiência da distância percorrida, embora lembrou que a descida da serra permitiu avaliar melhor a dirigibilidade, em especial a suspensão e a estabilidade em curvas.
- Fiquei feliz porque no retorno a Porto Alegre consegui gastar menos combustível do que o Gilberto na ida. Apesar da paradinha para compra de camarões e peixes, fiz a melhor média.
Conclusão: O Prius combina os benefícios de um carro híbrido, amigo do ambiente e ecologicamente correto que privilegia a economia de combustível sem comprometer o conforto e a sofisticação. Visual futurista e a avançada tecnologia, sem ambições esportivas, o conjunto propulsor corresponde às necessidades de um automóvel premium e adequada a relação custo/benefício.