Com PRISCILA NUNES / Especial
A passagem do conhecido navegador Amyr Klink, que em 1984 atravessou o Atlântico Sul a remo, agora na viagem Honda – Pra lá do fim do mundo movimentou Xangri-Lá. A parada no parque eólico da Honda Energy, no litoral Norte gaúcho, foi rápida pois no mesmo dia Klink, o jornalista Joel Leite e equipe pretendiam chegar ao Chui, na fronteira com o Uruguai, o que efetivamente ocorreu.
A bordo dos Honda HR-V e WR-V, serão percorridos 7.500 quilômetros em 19 dias com passagem por quatro países – Brasil, Uruguai, Argentina e Chile - com roteiro organizador pelo Portal EcoInforme. A ideia do projeto surgiu numa conversa do jornalista com o navegador. Joel propôs ir até o fim do mundo, no que Klink indagou “porque não vamos prá lá do fim do mundo?”
A proposta não é uma expedição mas mostrar que todos podem fazer o percurso desde que com planejamento. Joel destaca que os carros são originais e não receberam qualquer modificação.
Ao revelar que não gosta de carro nem motocicleta, Klink justificou que gosta mesmo é de mobilidade mas que fez viagens, as mais espetaculares, com uma motinho de 90 cilindradas. Comentou suas diversas experiências e garantiu que, para ele, o importante não é fazer a foto, é estar na foto.
O navegador lembrou que há 30 anos passou pelo litoral gaúcho. No percurso de Torres até o Uruguai com os primeiros carrinhos a vela conhecidos no país. Os gaúchos adotaram os carrinhos e em menos de um ano surgiu uma associação de usuários. " A travessia mostrou o poder de contaminar as pessoas."
Ao contar a construção do Parati II, o único barco capaz de dar a volta ao mundo em três anos sem necessidade de reabastecer, reiterou desta vez que, “mais importante de estar na foto, foi construir a foto". A tecnologia fez com que experiências que pareciam impossíveis tivessem acessibilidade diz o navegador. "A mobilidade é o grande desejo do futuro em poder viajar".
Klink destacou a importância do planejamento antes de qualquer viagem. “Não fiquei feliz por ter cruzado o Atlântico, mas porque a viagem, prevista para 106 dias, terminou em 100 e cumpri um plano antes da data prevista”.
Pra lá do fim do mundo partiu da sede da Honda, em São Paulo, e terminará em Puerto Toro, na ilha Navarino, vilarejo mais austral do planeta, no extremo sul do Chile. A ilha chilena fica depois de Ushuaia, cidade conhecida como o fim do mundo. No percurso, locais turísticos e inóspitos, estradas dos mais variados tipos, curiosidades, gastronomia e personagens surpreendentes. O trecho final será feito de balsa em uma travessia de 32 horas pelo estreito de Beagle, canal que separa as ilhas da Terra do Fogo, no extremo da América do Sul.
A utilização dos Honda HR-V e WR-V na viagem teve como objetivo mostrar que os utilitários esportivos podem levar seus ocupantes para os mais diversos destinos, permitindo desbravar lugares incríveis, com a tranquilidade de estar em um carro eficiente, confortável e seguro.
O Parque Eólico da Honda, que começou a operar e m 2014, é ícone do grupo japonês na sustentabilidade. O presidente da Honda Energy e vice-presidente da Honda Automoveis, Carlos Heiji, explicou a empresa é a primeira montadora do país autossustentável. O parque fornece 100% da energia consumida pela fábrica do Sumaré, pelos escritórios incluindo São Paulo, e o centro logístico de Paulínea. Tem ainda capacidade para abastecer a segunda fábrica que está pronta mas não foi inaugurada. Com a energia gerada pelo parque, a Honda brasileira já superou a meta mundial do grupo de reduzir 45% das emissões até 2030 em relação a 2016. Sumaré já reduziu 67%.
Os nove aerogeradores tem capacidade total de 27,7 MW. Em uso pleno, alcançam a geração de 85.000 MW/ano. Os equipamentos da Honda Energy estão entre os maiores do Brasil. As torres têm 94 metros de altura e o ponto mais alto do conjunto alcança 150 metros. As 27 pás, por sua vez, possuem 55 metros e pesam 15 toneladas cada uma.