Com Priscila Nunes
O conceito inovador proposto pela Renault para o Kwid surpreendeu. O sub-compacto combina um visual atraente com recursos que valorizam o segmento e, nem sempre, disponíveis nos concorrentes do seu segmento, de preços mais elevados. Acomoda relativamente bem quatro adultos, o motor de três cilindros 1.0 de até 70 cv combinado com o câmbio manual de cinco marchas garante agilidade na cidade e comportamento regular na estrada. A versão topo de linha Intense repetiu nas ruas gaúchas o comportamento no trânsito congestionado de São Paulo, no test-drive de lançamento. Rodamos aqui cerca de 700 quilômetros com destaque para o bom desempenho com reduzido consumo de combustível O Renault Kwid 1.0 Intense custa R$ 39.990.
O visual robusto do Kwid remete a um mini utilitário esportivo ou modelo aventureiro urbano, principalmente pela proteção contínua em plástico preto que corre pelas laterais entre a base dos robustos para-choques. Linhas marcadas por vincos na frente, no capô e na traseira, a grade integrada aos faróis reforça a força e destaca a largura do carro que parece ser maior. As caixas de rodas contam com protetores em plástico preto. As lanternas traseiras são elevadas e o para-choque preto na linha inferior.
O Kwid foi perfeito para o uso diário na cidade e mostrou suas virtudes também na estrada. Bem completo na versão Intense, foi ágil nas avenidas e radiais. Com apenas 786 quilos, os até 70 cv do motor 1.0 SCe combinado com as relações curtas de marcha do câmbio de cinco velocidades garantiram respostas rápidas, facilitaram ultrapassagens e estimularam o condutor rodar dentro dos limites de velocidade. A direção elétrica, precisa, e o volante pequeno, ajudaram nas manobras de estacionamento. A sensação de domínio do pequeno carro foi perfeita. A maior altura em relação ao solo e os ângulos de ataque e de saída ajudaram superar as irregularidades do pavimento como buracos, depressões no asfalto e lombadas, comuns nas nossas ruas.
O pequeno Renault surpreendeu e rodou melhor na estrada onde incomodaram o alto nível de ruído e a vibração do motor em velocidades elevadas. O propulsor pareceu até ter maior potência, permaneceu longos períodos no limite, apenas com trocas de marchas para ultrapassagens mais seguras. A direção ficou mais leve sem comprometer a sensação de segurança. A suspensão firme e os pneus 165/70/R14 ajudaram vencer curvas mais fechadas sem a sensação de balanço da carroceria.
O motor de três cilindros 1.0 SCe com comando de válvulas simples, gera de 66 cv e 9,44 kgfm de força (torque) com gasolina a 70 cv e 9,8 kgfm com etanol. Nota A do Inmetro, na cidade percorre de 10,5 km/l com etanol a 14,9 km/l com gasolina e na estrada 10,8 km/l (etanol) e 15,6 km/l (gasolina).
Os resultados do nosso test-drive ficaram próximos dos número do Inmetro. Por exemplo, nos 180 quilômetros entre Capão da Canoa e a Zona Sul de Porto Alegre, com trechos urbanos e de estradas, a média ficou em 15,7 km/k. Na capital, as médias ficaram entre 12,3 km/l e a 14,6 km/l. Na estrada, em velocidade constante, chegaram de 15,4 km/l a 19,2 km/l, (60 km/h), 14,3 km/l a 16,2 km/l (100 km/h) e 13,6 km/l a 15,6 km/l (110 km/h).
Com 3,680 metros de comprimento,1,579 m de largura, 1,474 m de altura 2.423 m de entreeixos, que ajuda no conforto e o porta-malas tem capacidade de 290 litros, o maior do seu segmento.
A posição elevada de dirigir compensou a falta de regulagem de altura do banco que conta com abas laterais no encosto. Sobra espaço no porta-luvas e nos diversos porta-objetos espalhados pelo console central e laterais das portas.
O painel e laterais das portas são em plástico rígido com as peças bem encaixadas. Os bancos são revestidos em tecido e couro sintético. A versão topo de linha é bem completa, conta com direção elétrica, ar-condicionado, sistema multimídia MidiaNav 2.0 com tela sensível ao toque com GPS, câmera de ré e rádio.
Também computador de bordo, travas das portas, porta-malas e vidros dianteiros com acionamento elétricos, alerta sonoro de faróis acesos, retrovisor com função dia/noite, limpador do vidro traseiro, apoio de cabeça nos três assentos traseiros, revestimento interno no porta-malas, acabamento externo exclusivo e faróis de neblina.
A jornalista Priscila Nunes, que também participou do evento de lançamento do Renault Kwid, em São Paulo, e participou dos dois test-drives destaca que “ver novidades nos inspiram. Andei com o Kwid pelas ruas de São Paulo e depois de Porto Alegre. Foi como sentir- se nos arredores de casa. Consegui entender tranquilamente o comportamento do motor de três cilindros com o câmbio de cinco marchas". A economia de combustível chamou a atenção.
Quando avistou o carro pela primeira vez, a primeira imagem que Priscila lembrou foi a de um jovem dirigindo. “Talvez pelo design ser moderninho. Veio em mente um universitário adquirindo o primeiro veículo, ou talvez até trocando de carro. O espaço na frente é compatível com as dimensões do carro. Direção leve, bancos confortáveis e fácil de estacionar.”
Para Priscila, a cor alaranjada “fechou todas com o modelo. O Kwid é um carro, que particularmente me agrada. Gosto de carros menores com economia de combustível, pois geralmente atravesso a cidade da Zona Sul à Zona Norte.”
Conclusão:
O Kwid Intense combinou o espaço, a segurança e a economia de combustível com a adequada relação custo/benefício. A Renault mostrou como um carro pequeno, de entrada, bem equipado pode atender às necessidades do consumidor sem comprometer o preço. Apenas o ruído alto e a vibração do motor em velocidades elevadas destoam do conjunto. Para completar, o maior porta-malas do segmento com capacidade para 290 litros.