* Publicado no blog Gilberto Leal em 16 de junho de 2016
A BMW vende no mercado brasileiro o compacto i3 e o esportivo i8 mas em volume limitado. O presidente do BMW Group Brasil, Helder Boavida, lamentou a falta de apoio governamental como existe nos Estados Unidos, países europeus e Japão, durante o evento Tá na Mesa, na Federasul. O primeiro i3 vendido em Porto Alegre pela Iesa BMW na semana passada. A montadora já instalou 35 pontos de reabastecimento para veículos elétricos da marca, a maioria em São Paulo.
O executivo lamentou a falta de incentivos fiscais para os carros elétricos e híbridos, defendeu um tratamento especial e sistemas de crédito a longo prazo lembrando que o país tem uma cultura petroleira. Reiterou o avanço da importância da sustentabilidade e a necessidade de reduzir a participação de veículos a gasolina ou etanol como vem ocorrendo em outros países. Boavida acredita no avanço dos elétricos e híbridos nos próximos dez a 15 anos e, no futuro, dos a hidrogênio e célula(pilha) de combustível.
A primeira estação de recarga de baterias de carros BMW será definida nos próximos meses para funcionar em 2017. Boavida justificou que é um investimento elevado e que deverá ser compatível com o volume de venda. Exige ainda a formação de pessoal para venda e pós-venda. Atualmente, com a venda ainda restrita, a montadora instala o equipamento para recarga na casa do comprador. Como a autonomia do i3, por exemplo, é de 110 quilômetros, e o uso diário é de 30 a 40 quilômetros por dia, a carga dura praticamente uma semana. O executivo considera o carro elétrico ideal para o trânsito urbano. A expectativa é de venda de 15 a 20 carros por ano na capital gaúcha. Para ele, cidades do porte de Porto Alegre em outros países têm em torno de 200 a 300 estações. Ale acredita que no futuro 150 seriam suficientes na capital.