Se a venda de veículos zero km vai mal, ao menos a de usados estão em alta. O setor de seminovos registrou aumento de 15,3% no comparativo entre janeiro de 2017 e o idêntico mês de 2016. Houve aumento da procura por carros com até três anos de uso. Comparando-se ainda os meses de janeiro, esse percentual subiu para o patamar de 34,5%, conforme primeiro relatório anual da Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores (Fenauto).
– De certa forma, esse resultado era esperado em função da sazonalidade que normalmente acontece entre dezembro e janeiro. Embora ainda seja muito prematuro fazer uma análise de como o mercado vai se comportar neste ano, estamos um pouco mais otimistas – afirmou o presidente da Fenauto, Ilídio dos Santos.
Para o dirigente, a economia parece estar se estabilizando e, "se não houver novos fatos que possam desviar os rumos da mesma, poderemos ter um ano um pouco melhor para a comercialização dos seminovos e usados". A entidade reúne 24 associações regionais do país, que, por sua vez, congregam cerca de 48 mil revendedores de veículos seminovos e usados, com foco na evolução comercial e desenvolvimento de melhores práticas.
Calvário dos importados
Já as 18 marcas filiadas à Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa) vivem um pesadelo sem fim. Elas comercializaram, em janeiro, 1.945 unidades, total 41,7% inferior às 3.336 vendidas em dezembro. Ante janeiro de 2016, a queda foi de 47%. Entre as associadas que também têm produção nacional, BMW, Chery, Land Rover, Mini e Suzuki fecharam o mês de janeiro com 973 unidades emplacadas, total que representa queda de 33,9% em relação ao mês anterior.