O Olimpia já protagonizou no Beira-Rio talvez a maior frustração colorada na história do estádio. A eliminação na semifinal da Libertadores de 1989 foi um golpe duríssimo para toda uma geração de torcedores, que só viu recuperação plena em 2006, com o título conquistado na mesma competição e com o mesmo treinador, Abel Braga.
O time paraguaio de hoje, entretanto, está muito longe daquele de 32 anos atrás e não pode significar um risco nem parecido com aquele. O Inter é favorito nesta quarta-feira (5), e este favoritismo só aumentará com a presença de Taison.
A estreia do atacante que veio da Ucrânia significa uma realização de sonho para ele e para o clube. Não tem como que o ambiente, ainda que sem torcida no estádio, não seja de mobilização. O elenco precisa estar ciente de que alguém especial chegou para qualificá-lo tecnicamente e na atitude. É esta consciência que faz com que Miguel Ángel Ramírez seja obrigado a escalá-lo, especialmente quando não tem Palacios e deve ficar sem Patrick.
Um Inter empolgado com a qualificação da equipe tem tudo para corrigir problemas que foram vistos contra o Juventude, como a pouca atividade ofensiva.
O gramado vai ajudar, e o adversário já mostrou muita fragilidade nos dois primeiros jogos da Libertadores, mesmo no que ganhou de maneira apertada e até injusta dos bolivianos do Always Ready.
Sem perder o respeito por uma camisa campeã mundial e tricampeã da América, há mais do que a necessidade de vitória para o Inter no Beira-Rio. O triunfo encaminhará a classificação e marcará o início da "Era Taison", o camisa 10 que não pode começar no banco mais uma vez.