Não surpreendeu a ninguém o fato de o Grêmio golear novamente o fraco Aragua na Copa Sul-Americana. No placar agregado dos dois jogos contra os venezuelanos, há um estapafúrdio 14 a 2, algo impensável numa competição continental.
Os gremistas tiraram proveito disto, garantindo classificação antecipada para as oitavas de final e aproveitando para amadurecer jovens jogadores que estão despertando grande curiosidade e expectativa. Já havia acontecido algo assim na Libertadores contra os peruanos do Ayacucho. Há, porém, observações nem tão festivas para dois experientes que estiveram em campo.
Os 6 a 2 em Caracas mostraram mais uma vez a vocação para artilheiro de Ricardinho, apresentaram os dois primeiros gols de Elias, reafirmaram que Darlan pode beliscar uma titularidade no Gre-Nal ou que Léo Chú merece permanecer no clube como reposição para Ferreira.
De um modo geral, a gurizada fez o que precisava fazer para mostrar a Tiago Nunes com quem e como ele pode contar no futuro. Outro jovem, mas este mais cascudo, Jean Pyerre, reapareceu bem, facilitado por ter o espaço que pediu a Deus e estar diante de uma situação nada decisiva. Se uma grande atuação poderia lhe valer escalação de titular no clássico deste domingo (23), a garantia não existe.
Curiosamente as figuras destoantes, se é que há algo destoante quando se aplica 6 a 2, na equipe foram dois jogadores experientes. Paulo Miranda, num lance isolado, entregou um gol para os venezuelanos. Num jogo com exigência mínima para defesa, sofrer dois, falhando em um não é algo positivo.
Da mesma forma, Pinares conseguiu ficar devendo. Era para ele ter sido o grande condutor do meio-campo e avalista do escore avassalador. Não foi. Para o meio-campista, uma boa atuação poderia reconduzi-lo à possibilidade de começar a sacramentar sua volta ao time titular, visto que seu maior concorrente, Jean Pyerre, iniciou no banco.
Melhor para Darlan, que está se infiltrando nesta posição. No jogo em que praticamente todos tiraram proveito, o chileno perdeu.