Havia uma animação grande entre os gremistas. O Brasileirão começaria neste domingo (30), em Fortaleza, com força máxima tricolor contra o Ceará. Diferentemente de anos anteriores, quando titulares volta e meia eram preservados, ter a equipe principal seria algo emblemático no Castelão, algo como uma arrancada para um campeonato encarado com prioridade.
Desta vez, porém, a pandemia impediu a realização dos anseios gremistas. Rafinha, Diego Souza e Ferreira estão fora do jogo. A perda é muito grande para Tiago Nunes. Embora as últimas apresentações de jovens do elenco gremista criem uma animação pelo aproveitamento de muitos na equipe principal, não há como dar a mesma qualidade, por exemplo no ataque que perde o goleador e o craque do Gauchão.
Não se pode dar a Ricardinho, Léo Chu ou Guilherme Azevedo, por exemplo, a mesma responsabilidade dos titulares. Vale o mesmo na lateral direita. Vanderson tem um futuro imenso, mas Rafinha é um diferencial para todo o time.
Os garotos fizeram por merecer a condição de substitutos imediatos de peças como Diego Souza ou Ferreira. A prova maior é que nem se coloca o experiente Diego Churín como alternativa no comando do ataque. Ali é Ricardinho e ninguém mais. Léo Chu também entrará estofado, se escalado por Tiago Nunes. O atacante fez golaço em Gre-Nal e jogará diante do time que defendeu no Brasileirão do ano passado.
O que não se pode esquecer é que a régua está mais alta do que no Gauchão e mesmo em jogos como contra Ayacucho na Libertadores ou Aragua na Sul-Americana. O grau de dificuldade aumenta. Se os jovens corresponderem como fizeram até agora, é maravilhoso. Se tiverem dificuldade, será normal. Ainda que acreditando nos guris, há motivos para lamentar muito os desfalques gremistas.