A classificação do Inter para as oitavas de final da Libertadores se deu de forma totalmente diferente do que era esperado. Não houve brilho na campanha, apenas lampejos pontuais contra Deportivo Táchira e Olímpia no Beira-Rio. A O time que apenas empatou com o Always Ready não mostrou nada que agregue ao que já se conhecia da equipe de Miguel Ángel Ramírez, ao contrário. Os detratores do treinador colorado ganharam argumentos após o jogo diante dos bolivianos.
A tentativa de um novo desenho tático em função da falta de jogadores especialistas para o modelo sonhado por Ramírez teve pouca efetividade. O Always Ready se mostrou mais bem montado no campo e, contando com esta organização, esteve sempre mais próximo de seu objetivo que era primeiro de neutralizar o time colorado e depois tentar especular nos contra-ataques. Houve fracassos individuais e coletivos no Inter. Nem Taison se salvou num time que certamente assustou os torcedores colorados que agora pensam na sequência da Libertadores e no Brasileirão.
Contra o treinador mais uma vez contaram escolhas como a de Palacios, novamente apagado, e Rodrigo Lindoso, sem nenhuma inspiração. Nomes conhecidos como o experiente Edenilsone Thiago Galhardo pareciam ainda sofrendo do abatimento pela perda do título gaúcho. A novidade Léo Borges na lateral-esquerda não apresentou nada que possa colocá-lo como concorrente direto para disputar a posição com Moisés. Enfim, o primeiro lugar no Grupo B da Libertadores só mostrou para o Inter que a concorrência era muito fraca e que, mesmo jogando pouco, foi possível não mergulhar numa crise.