O Inter saiu do primeiro Gre-Nal decisivo do Gauchão perdido, e não só no resultado. Edenilson disse que o time foi pouco inteligente. O técnico Miguel Ángel Ramírez usou explicações conhecidas como "há dia em que a bola não quer entrar" ou "perdemos no detalhe". O abatimento nítido do treinador e do executivo Paulo Bracks nas entrevistas coletivas davam a ideia do tamanho da frustração e da consciência de que a semana que começa tem muitos obstáculos que não estavam previstos.
Miguel Ángel Ramírez não confirmou quantos titulares do Gre-Nal começarão o jogo diante do Olimpia nesta quinta-feira (20). Ele fala em desgaste físico e sabe que três dias depois terá o jogo mais importante de sua passagem pelo clube e com a necessidade de ganhar para não deixar escapar o título.
Diante dos paraguaios, porém, há algo que não será realidade no Gauchão. Recém-chegado e muito festejado, Taison já estará diante de um desafio importantíssimo. Caberá a ele ser o comandante de uma equipe, abalada pela derrota no clássico, para que ela se recupere na Libertadores e assim adquira também mais força para a decisão da competição estadual.
Mesmo que não possa jogar na final do Gauchão, a colaboração de Taison, direta no Paraguai e indireta na Arena do Grêmio, é a única grande novidade colorada que permite ao seu torcedor abandonar o descrédito que tomou conta dele após o Gre-Nal.
Vale isto também para os companheiros em campo. A impotência para evitar duas viradas consecutivas deixou o Inter instável. Se vencer o Olimpia, muda muito a vida do time na Libertadores e impulsiona uma tentativa de reação contra o Grêmio. Eis aí a missão para a grande estrela repatriada. Qualquer outro protagonista será uma enorme surpresa.