Desde os tempos de Renato Portaluppi no comando gremista, eram fortes as contestações a Alisson. A fase do meia/atacante, hoje lesionado, há muito não era boa, e várias alternativas eram apresentadas como possíveis reposições. Houve tempos em que Ferreira era o preferido, depois se cogitou que seria Pinares e mais recentemente surgiu bem o jovem Guilherme Azevedo que foi prejudicado por uma lesão muscular quando começava a se afirmar. Esta lacuna agora está sendo preenchida de maneira surpreendente por outro garoto que era muito pouco cotado: Léo Pereira.
Foi nos jogos com Alexandre Mendes de treinador que Léo Pereira ganhou suas oportunidades iniciais. Coincidentemente, outro Léo, o Chú, também foi utilizado — inclusive marcando um golaço no Gre-Nal e tendo mais experiência.
Além de atuar mais pela esquerda, onde a concorrência com Ferreira é ingrata, Léo Chú viu seu xará ganhar a confiança de todos pelo lado direito com algo que cai direto no gosto da torcida: a combinação entre intensidade e efetividade. Léo Pereira marca gols, já tendo feito três, e apresenta velocidade e força. Na comparação, é mais atacante do que o antigo titular, Alisson.
Ainda que possa se discutir a necessidade de evolução na recomposição ou algum amadurecimento técnico, Léo Pereira tem um vigor típico de jovens ambiciosos. Ele é guerreiro — Tiago Nunes já percebeu isto e a simpatia que o atacante já desperta no torcedor.
Sem ser um novo Everton Cebolinha, um Pepê ou Ferreirinha, exímios dribladores, o atual titular do ataque gremista foi a melhor presença no setor desde os bons tempos de Alisson, ainda no ano passado.