Tecnicamente, o maior adversário do Inter na Libertadores é o Olimpia. Com um cartel de títulos invejável e uma tradição que lhe confere respeito independentemente da fase, aí está uma ameaça dentro de campo para a classificação. Entre os venezuelanos do Táchira e os bolivianos do Always Ready, a logística, com viagens complicadas e a altitude mais de 4,2 mil metros na Bolívia, assusta mais do que as equipes. Com duas vagas em jogo, os colorados não podem se assustar com o que ficou do sorteio.
Começar enfrentando o praticamente desconhecido Always Ready na maior altitude da competição é outra notícia interessante. O ambiente é o pior a ser enfrentado, com o ar rarefeito e um gramado sintético de condições inferiores aos existentes no Brasil. Este enfrentamento, sendo o primeiro, liberará os colorados para a sequência de jogos — daí em condições mais normais. Até um eventual insucesso inicial poderá ser recuperado.
Ainda que o Táchira, conhecido do Inter de das Libertadores de 1980 e 1989, seja o venezuelano de maior currículo na competição, a grandeza é totalmente diferente.
Vale para ele o que vale para o Always Ready: a falta de garantias técnicas e de camisa para uma campanha sólida numa fase em que enfrentarão dois campeões do mundo.
A estratégia colorada está simplificada se pensada num mano a mano com o Olimpia pelo título do grupo. O passado recente, mesmo neste duelo, recomenda o Inter.