Os recentes acontecimentos relativos à Libertadores com a troca de local da partida do Independiente del Valle contra o Grêmio porque as autoridades do Equador limitaram a atividade gremista mostrou desdobramentos que deixam clara a posição da Conmebol diante de restrições sanitárias nacionais. As disputas não vão parar e clubes do Brasil não terão restrições nas suas atividades, mesmo que o país esteja na pior situação do continente em relação à pandemia. Nada impedirá os brasileiros de atuarem, mesmo que os adversários tenham de abrir mão de seus mandos para se adaptarem a isto.
O Independiente del Valle sequer tomou uma posição oficial para contrariar a decisão tomada na terça-feira e que o manda para o Paraguai num jogo que seria disputado em sua casa. Da mesma forma, a entidade sul-americana já demonstra pulso forte para que os equatorianos estejam em Porto Alegre no jogo de volta, mesmo que precisem de quarentena para voltar seu país. O fato do adversário ser o Grêmio é apenas um detalhe. Poderia ser qualquer outro brasileiro na mesma situação, ou um argentino. Eles têm prioridade. São as riquezas da Conmebol.
Está claro que Argentina e Brasil são os poderosos da Libertadores. Seus clubes não podem ser "prejudicados" por leis sanitárias de outras nações tidas como menores pela confederação. A competição está moldada para atender os mercados de dois países, ainda que não haja a necessidade de um clube deles seja o campeão. Este felizmente ainda, ao que parece, é um lado sem vícios da disputa. É fato que quem negar algo a brasileiros e argentinos no âmbito da Conmebol estará convidado a se retirar. Que sigam o exemplo do conciliador Paraguai, o anfitrião da entidade.