Não houve nenhuma injustiça na Arena da Baixada. O empate sem gols entre Athletico-PR e Inter aconteceu num bom jogo e com equivalência técnica. A não conquista da vitória só é muito lamentada pelos colorados porque criou um perigoso encurtamento de distância para o Flamengo que derrotou o Vasco. Do que se viu em campo, são poucos os reparos a fazer no time de Abel Braga, embora não tenha se justificado plenamente a opção por Marcos Guilherme desde o início da partida.
Não foi, todavia, pela ausência de Caio Vidal no time titular que o Inter não venceu. Houve méritos do adversário, dificuldade na adaptação ao gramado e algumas atuações abaixo do normal. Nada do que aconteceu no piso sintético da Baixada deveria levar inconformidade aos colorados. O problema é o Flamengo que no próximo domingo pode, de maneira provisória, tomar a liderança. O desafio colorado agora é não poder nem cogitar em perder ponto diante do Sport na próxima quarta-feira (11) e depois contra o Vasco no Rio de Janeiro.
Saiu dos ombros colorados o peso da série de vitórias seguidas e isto dá uma aliviada na pressão emocional. Há agora a tensão de quem passou a estar ao alcance de seu mais próximo perseguidor. A melhor notícia até a próxima partida é o tempo para preparação. Será quase uma semana sem jogo e isto pode mostrar diferença na parte física, algo fundamental para o time de Abel. Uma eventual derrota teria sido terrível para o Inter. Ela não aconteceu. Não há trauma, mas é preciso fazer coisas que não aconteceram no Paraná. Quem sabe a volta de Thiago Galhardo no ataque, ou uma revisão do técnico na escalação de Marcos Guilherme sejam novidades possíveis, bem como a volta do importantíssimo Rodrigo Dourado. Na lateral-esquerda a perda de Moisés, suspenso, é prejuízo, mas Uendel dá um suporte eficiente na reposição.
