A confirmação com troca de horário do jogo do Grêmio contra o Palmeiras no domingo pela final da Copa do Brasil é uma medida acertada, importante e nada radical por parte do Governo do Rio Grande do Sul. No pior momento da pandemia no estado, o fechamento imposto para atividades não essenciais e o regramento de horários poderiam levar a crer que necessariamente o futebol fosse proibido de se realizar. Após ações conjuntas com clubes, as autoridades se mostraram sensíveis a fatos muito mais do que argumentações pessoais ou interesses econômicos.
Acontecerão jogos no período de bandeira preta unicamente porque os rígidos protocolos firmados no ano passado e obedecidos até agora no futebol gaúcho e brasileiro se mostraram suficientemente seguros. A atividade, pelo menos dentro dos estádios, não criou disseminação do coronavírus e casos que aconteceram entraram no rol das possibilidades calculadas. O problema que sempre foi apresentado como grande risco fica por conta de aglomerações externas, algo muito mais ligado à irresponsabilidade dos cidadãos do que às ações de clubes ou federações.
Houve reconhecimento por parte das autoridades e isto é digno de agradecimento por parte de quem faz e consome o futebol gaúcho. Infelizmente não há segurança plena de que esta realidade siga sendo suficiente para dias mais sombrios que são projetados. Não se pode descartar que daqui a pouco tempo uma decisão mais radical precise ser tomada, aí sim, impedindo a realização de partidas. Por certo tal situação não será gerada nos estádios, mas consequência de algo maior e mais triste que é preciso evitar fora deles. Vem aí a decisão da Copa do Brasil. Está começando o Gauchão também com adequações. Que o esporte sirva para manter as pessoas em casa com bom entretenimento em dias tão difíceis.