Todas as projeções para o jogo deste domingo (21), entre Flamengo e Inter, passam pelas dificuldades coloradas em montar uma defesa que já não tinha Rodrigo Moledo e que ficou sem Víctor Cuesta a partir do terceiro cartão amarelo recebido contra o Vasco. No Flamengo, a perda de Wiilam Arão tem seu peso, mas os mistérios sobre as reais condições de Arrascaeta e Gabigol não chegam a preocupar.
Existe, porém, um desfalque que é permanente para todos os clubes neste Brasileirão, mas que pesa muito para os rubro-negros. Ter um Maracanã sem público numa decisão é ponto a favor de qualquer adversário flamenguista, e domingo passa a ser arma dos colorados.
Claramente, o fator local deixou de ser uma arma poderosa para os 20 competidores no campeonato nacional. O próprio Inter se ressentiu em vários jogos da ausência da arquibancada do Beira-Rio a pulsar para apoiar o time e pressionar os adversários.
Nada, porém, é tão emblemático quanto um Maracanã lotado a favor do clube mais popular do Brasil. É bom lembrar que a equipe colorada tem muitos jovens, sobre os quais a influência de um estádio contrário com 70 mil pessoas poderia pesar. Isto está neutralizado. O gigante estará em silêncio.
Por mais que o Maracanã seja a casa do Flamengo e tenha seus referenciais por demais conhecidos pelos comandados de Rogério Ceni, o ambiente está longe de ser decisivo. A própria campanha rubro-negra neste Brasileirão perde em rendimento para 2019, muito em função do calor da torcida estar ausente. Os confrontos com o São Paulo, seja neste campeonato ou na Copa do Brasil, mostram isto e podem ser inspiração para o Inter.