A influência de D'Alessandro no Inter se mostrou gigantesca nestes 12 anos em que esteve no clube. Para a torcida ele passou a ser um ídolo comparado a Falcão e Fernandão. Para seus companheiros era uma espécie de presidente do vestiário, seja para o bem ou para o mal. Entre os dirigentes nunca deixou de ser voz consultada e, muitas vezes, acatada em decisões cruciais sobre os mais variados temas. Ao se despedir, o meia apontou quem ele queria ver usando a sua camisa 10 no futuro. Ao que tudo indica, será uma questão de tempo para Taison voltar ao Beira-Rio para ocupar o lugar do grande amigo e vestir a camiseta com o número que foi dele.
A indicação de D'Alessandro é muito boa para o Inter. O retorno provável de Taison na próxima temporada pode se tornar um dos melhores repatriamentos feitos pelo clube que já se equivocou bastante ao trazer velhos ídolos de volta. Por mais que seja uma vontade do amigo argentino, o atacante que está na Ucrânia voltará, acima de tudo, porque quer jogar novamente no Beira-Rio, e está fazendo força para isso. Chega a ser escandaloso o esforço, algo que é raro em um ambiente tão profissional como o do futebol atual.
Há fatores sentimentais na volta de Taison, inclusive que podem facilitar no acerto financeiro. Também vem ao encontro dos desejos de D'Alessandro e da torcida colorada o fato do hoje jogador do Shakhtar estar em plena forma aos 32 anos e ter desenvolvido outras aptidões como a de atuar mais como armador e pelo meio. Sonhar com Taison vestindo a camisa 10 colorada não contempla apenas o desejo de seu grande amigo de outras conquistas, mas é um sonho totalmente justificável dos colorados como um todo.