Está certo o técnico Renato Portaluppi em escalar o que tem de melhor para jogar contra o América de Cali. Mesmo que não o fizesse, há a necessidade de aplicação máxima de quem jogar. Só uma vitória garante o título do grupo E da Libertadores, independentemente do resultado paralelo do Inter no Chile contra o Universidad Católica. O fato de estar classificado para as oitavas de final poderia significar relaxamento e preservação de titulares visando a sequência de partidas por Brasileirão ou a abertura da Copa do Brasil.
Ser campeão do grupo tem o valor moral e doméstico de superação do rival na tabela, o que sempre tem significado, especialmente para o torcedor. Mais que isso, porém, a primeira colocação vale o mando de campo para decidir em casa o primeiro confronto da fase de mata-mata. Não bastassem estes dois motivos, o mapa atual da competição já elimina como possíveis adversários nas oitavas de final Flamengo, Palmeiras, River Plate, Boca Juniors e Santos. Isso é importantíssimo, ainda que haja inimigos fortes entre os segundos colocados como o próprio Inter, o Racing ou a LDU, todos ex-campeões da Libertadores.
Ser campeão do grupo, seja para gremistas ou colorados é entrar com confiança nas etapas de eliminação direta. Para o Grêmio, não ganhar o jogo em casa e eventualmente ver o Inter vencer no Chile e ficar com a primeira colocação vai merecer cobranças e críticas, enquanto o rival, caso isto aconteça, vai comemorar, com toda a razão. A noite de quinta-feira (22) promete.