Não é exagero dizer que o empate do Grêmio com o São Paulo passou por uma arbitragem ruim. Rafael Traci deu total razão a Renato Portaluppi nas recentes reclamações com relação à arbitragem de campo e ao VAR. Nada justificou mais o acionamento do árbitro de vídeo do que o lance de pênalti em cima de Geromel no segundo tempo e não conferido por Traci, totalmente soberbo na jogada.
Mesmo que o técnico gremista estivesse exagerando nas reclamações quanto ao uso do VAR, o jogo do Morumbi criou uma razão que ele não tinha. Mais do que o lance de Geromel, outras decisões do juiz de campo podem merecer avaliações graves. Nem entremos na discussão de outro momento polêmico em cima de Pepê na etapa inicial, mais uma decisão tomada de maneira solitária por Rafael Traci. O que custa conferir, até para provar que a razão está com o árbitro.
O São Paulo já havia reclamado e mudado a escala da arbitragem de vídeo. O ambiente estava contaminado e quem dirigiu o jogo botou querosene na fogueira. Isso quase que se sobrepõe a uma atuação superior do Grêmio em todos os sentidos e durante 90% da partida.
Enquanto Maicon resistiu, o Grêmio foi bem melhor do que o São Paulo. Depois, seguiu superior com entradas como a de Ferreira no ataque. Faltaram os lances de finalização. Foram menos situações de gol do que mereceria quem foi tão melhor. Fernando Diniz e seu time devem comemorar e talvez agradecer a Raí pela pressão feita na CBF. Por coincidência, o São Paulo foi beneficiado depois de ter protestado.