O Red Bull Leipzig já está na mira de Neymar. O atacante se mostra pronto para encarar o time alemão e protagonizar direta ou indiretamente a vitória do Paris Saint-Germain e a inédita classificação para a final da Liga dos Campeões. Depois, faltará apenas mais um jogo. Uma vitória colocará o brasileiro certamente como grande favorito para conquistar a distinção de "jogador do ano", seja qual for a eleição que acontecerá nestes tempos de pandemia. Só o genial Messi é páreo para ele nesta temporada atípica, embora todo o respeito que o polonês Lewandowski mereça.
Neymar já havia iniciado bem as campanhas do PSG no campeonato francês e na própria Liga dos campeões no ano passado. Suas histórias extra-campo acabaram tomando espaço de grandes atuações nos noticiários. Ele vem encarando as disputas seriamente, dando a entender que a própria relação estremecida com seu clube e com a torcida o tornou mais devedor do que já era na França, embora os títulos nacionais de sua equipe.
Para muitos, Neymar está "querendo jogar" e por isto está apresentando um futebol digno de tudo o que se espera dele. Na verdade não basta querer. Não se pode duvidar que ele não estava cheio de vontade quando participou de duas Copas do Mundo e caiu junto com a Seleção Brasileira. Por muito querer, o maior jogador brasileiro desde Ronaldinho, nem sempre passava a bola, simulava faltas ou até comprava brigas. Desejando demais jogar, ele atuou sem as melhores condições físicas, machucou-se, sofreu fraturas. Nunca houve falta de ambição em Neymar, mas limitações, por vezes provocadas por ele mesmo.
O craque agora apenas está tendo as condições ideais para desempenhar sua função. Agora, além de querer, ele pode fazer. Fisicamente Neymar está numa condição excelente, além de emocionalmente mostrar-se equilibrado dentro de campo, além de menos exposto fora dele. O candidato do Brasil a melhor do mundo parece ter construído as condições ideais para o corpo sustentar sua sua mente e sua habilidade. Não bastava querer. Tinha que poder fazer, e esta condição está construída.