Com Mbappé pela esquerda no segundo tempo, mesmo ainda sem ritmo após grave lesão, Neymar se tornou mais meia central do que nunca, espantou a zebra e levou o PSG às semifinais da Liga dos Campeões de virada.
O Atalanta é um time esforçado e organizado, mas sem talento, que se defende e tenta o contra-ataque. Não merecia uma semifinal de Champions League. Até os 44 minutos do segundo tempo, 1 a 0 para o time de Bergamo, na Itália.
Neymar perdeu gols, mas nunca se escondeu do jogo, especialmente nos minutos finais, quando muitos evaporam. Apanhou. Levou uma falta atrás da outra, mas caiu só quanto não tinha jeito. Não provocou. Então, foi premiado.
Dois passes seus, dois gols, virada espetacular. A bola para Mbappé ir ao fundo pela esquerda, já dentro da área, e cruzar no pé de Choupo-Moting (o camaronês só foi inscrito na reta final da Liga porque Cavani saiu, vejam só como é o futebol), é quadro de Michelângelo. Neymar desenhou um espaço do nada, como se fosse o Criador.
Esse é o Neymar que a Seleção Brasileira precisa.
Não o eterno menino, mas Adulto Ney.