Dos dois primeiros nomes especulados pelo Inter para o ataque em função da lesão de Paolo Guerrero, Alexandre Pato mostrou-se uma ideia com alguma lógica, mas que parece ter sucumbido diante do que mais se temia: a falta de interesse do jogador, mesmo que não formalizada. No caso de Pato, a contratação seria unicamente a busca de uma reposição para o titular machucado, sem muitas perspectivas de se tornar um investimento para o futuro.

Já o botafoguense Pedro Raul, muito menos conhecido, mas bem mais jovem e interessado em evoluir, se constituiria numa expectativa até de multiplicação de recursos. 

O Botafogo foi enfático ao dizer que não negocia seu atacante com clube brasileiro, a não ser que seja paga a multa rescisória de R$ 80 milhões. É claro que, por este valor, não haverá interessados no Brasil. Também é muito provável, por outro lado, que uma proposta menor será avaliada por um clube que enfrenta, como a maioria, dificuldades financeiras.  

O Inter não tem condições da bancar uma compra de jogador neste momento, mas conta com um parceiro precioso que se reaproximou recentemente do clube: Delcir Sonda. Por que não recorrer novamente ao mecenas colorado, que recentemente trouxe outro atacante, Yuri Alberto?

Mesmo que isso pareça estranho, os 23 anos do jogador do Botafogo podem significar uma idade possível para se fazer um negócio valorizado mais adiante. Sonda sabe que a vitrine para Yuri só vai se abrir mais adiante e não se estaria diante de uma concorrência entre dois jogadores de um mesmo investidor.

Ainda que o Inter não obtenha com Sonda o total dos recursos para contratar Pedro Raul, que busque uma parte. Ter algum dinheiro para pagar direto ao Botafogo uma primeira parcela fará diferença.

Já se cogitou a colocação de William Pottker numa negociação. Que o seja, bem como outra possível troca por outro atleta colorado. O momento é de extrema necessidade, e o atacante, nascido em Porto Alegre, que era colorado na infância e que vem demonstrando boa capacidade técnica, é boa opção — talvez mais recompensadora do que o novo cogitado, o uruguaio Abel Hernández.