Surge como tendência a possibilidade de o Atlético de Madrid buscar no Grêmio o emprestado Caio Henrique. No Inter, a necessidade de venda de um jogador para preencher o orçamento aponta para o zagueiro Bruno Fuchs como o mais cobiçado no mercado. Não há dúvida de que se tratam de atletas com grande futuro, integrantes da seleção que classificou o Brasil para a Olimpíada e cujas manutenções nos elencos fariam bem na Arena e no Beira-Rio, respectivamente. Suas eventuais saídas, no entanto, não representarão perdas que desestruturem as equipes de Renato Portaluppi e Eduardo Coudet. O prejuízo poderá ser mínimo na relação com as pendências financeiras.
O lado gremista
Caio Henrique tem empréstimo cotado em euros. Ali adiante, para permanecer, exigirá pagamento de mais de R$ 40 milhões por parte do Grêmio. Isto é impensável com base na nova realidade.
Além disso, tem não mais do que cinco atuações com a camisa tricolor, sem que tenha sido o grande destaque em algum destes jogos. A titularidade, mesmo, só assumiu no Gre-Nal da Libertadores, quando foi expulso.
Foi uma má contratação? De jeito nenhum. Provavelmente se tornaria peça importante na equipe, mas ainda não era. A vantagem sobre o antigo titular, Cortez, não se mostrava tão grande quando poderia se tornar. Por isso, se sair agora, sua falta não será tão grande quanto é a diferença técnica em relação ao antecessor.
O lado colorado
Bruno Fuchs é o jogador de melhor mercado no Inter para uma venda. Olhado há muito por clubes estrangeiros, especulado por Milan, Arsenal e Monaco, e com a passagem pela seleção olímpica, o zagueiro é escolha direta de Coudet na equipe principal, mesmo que para isto tenha deixado o experiente e competente Rodrigo Moledo no banco.
Fuchs ganhou vitrine com isso, mas vale o desafio aos colorados de apontarem em qual jogo o garoto atuou de maneira desequilibrante. Nunca. Ele, por exemplo, jamais foi superior a seu companheiro de zaga, Víctor Cuesta. Também há jogos em que sua afoiteza, típica dos jovens, foi nítida.
É uma aposta errada? Claro que não. Viria ou virá a ser destaque de clubes e até possivelmente em seleções. No time atual, contudo, está longe de ser um pilar da escalação. Se sair e Moledo voltar como titular, há apenas um prejuízo tático relativo por conta da diferença de característica.
O que norteia as possíveis perdas de Grêmio e Inter é a questão financeira. Nos casos de Caio Henrique e Bruno Fuchs, há atenuantes técnicos que permitem que eles deixem os clubes sem significarem quebra sensível de qualidade. Serão traumas pequenos, talvez imperceptíveis nas equipes atuais.