Está perfeita a decisão de não rebaixar nenhum clube no Gauchão 2020, termine a competição quando terminar. Há, porém, um ponto que merece ajuste. Como o campeonato de 2021 terá 14 equipes, foi encaminhado que os dois últimos deste ano e quem subir da Divisão de Acesso terão cota de televisionamento dividida pela metade, não sendo alterados os valores das demais 10 equipes. Isto é injusto, especialmente para quem sobe, que nada tem a ver com o problema da atual Primeira Divisão e que depende, e muito, de um aporte de recursos para enfrentar uma mudança de patamar de competição.
Caso se confirme a redução de dinheiro para quatro clubes, estará praticamente se decretando quem serão os rebaixados para 2022. O ideal é uma redução proporcional nas cotas de 12 clubes para que outros dois recebam a quantia devida, ou que a federação busque uma maneira de arcar com esta equiparação.
Cartolagem
Num canetaço, o presidente do Santos, José Carlos Peres, cortou em 70% os salários dos jogadores do clube depois de não haver acordo numa redução menor. A alegação do cartola é a necessidade de manter o quadro funcional do clube. A garantia é de que 80% dos funcionários não foram atingidos. Deu rolo direto, e nem os demais integrantes da diretoria concordaram com a medida. Este é o problema de dirigentes inconsequentes. O mandato de Peres se encerra no final do ano, e um provável passivo jurídico de seus desmandos cairá para a gestão seguinte, comprometendo o futuro do clube.
Casos opostos
No Grêmio, Thiago Neves deu entrevista dizendo que, após o recesso forçado pela parada pela pandemia, mostrará o que dele sempre se esperou. É um bom reconhecimento de quem está devendo desde o último ano de Cruzeiro.