Não há discussão sobre o ganho que teve o Inter com a chegada de Paolo Guerrero. Ele significou ganho técnico para o time e acréscimo institucional ao clube. O peruano, porém, não está livre de erros ou imune a críticas.
Contra o Flamengo houve um prejuízo claro ao time colorado em função de uma atitude surpreendentemente juvenil de um dos mais experientes jogadores do Brasileirão. Guerrero perdeu o controle e deu sequência à um rosário de reclamações que ultimamente ele tem protagonizado em todos os jogos. O centroavante, por hábito, reclama dos árbitros, dos adversários ou mesmo de colegas em praticamente todos os lances perdidos nos jogos, sejam irregulares ou não. Basta prestar a atenção e conferir esta discutível postura.
É normal e elogiável quando um jogador é inconformado, ligado ou mostra bravura. Há, entretanto, limites e Guerrero vive numa fronteira tênue deles. No Maracanã ultrapassou, exagerou, mereceu ser expulso e tornou-se um dos responsáveis diretos pela derrota colorada. Para piorar, já criou para seus companheiros e para Odair uma dificuldade imensa na importante partida de domingo contra o Palmeiras na qual estará suspenso.
Os méritos do camisa 9 do Inter estão longe de serem apagados, mas sua postura precisa mudar, sob pena da vulgarização das reclamações criar novas situações irrecuperáveis para a equipe.