A derrota do Grêmio para o Palmeiras na Arena é o tipo de resultado a ser lamentado não só pela desvantagem muito grande que é levada para o segundo jogo. O time de Renato Portaluppi perdeu sem ter uma atuação desastrosa. Não ficou nítido nenhum defeito gritante e determinante para o resultado que possa ser corrigido em uma simples troca ou orientação. Nada é pior do que perder sem jogar mal e ter de se acertar em uma semana.
O pecado tricolor no primeiro confronto foi ter sido impotente no ataque para criar as jogadas de gol, dificuldade que a maioria dos clubes enfrentam contra o time de Luiz Felipe Scolari. O Palmeiras se permitiu ser apenas competente para neutralizar o Grêmio, fazer um gol, não ser ameaçado e ainda desperdiçar as melhores chances do jogo. No lado gremista, não se viram fracassos individuais, excesso de erros de passes, falta de empenho, indisciplina tática ou equívocos de escalação. Faltou, porém, futebol para evitar a derrota.
O grande desafio de Renato até o jogo do Pacaembu é manter tudo o que foi feito na Arena. Ele precisa identificar o ponto a ser trabalhado e melhorar o suficiente para virar um resultado contra um adversário que foi superior, atingiu seu objetivo em Porto Alegre e tem capacidade de render mais.
Apontar soluções e caminhos nesta hora é muito difícil. Elas passarão pela cabeça dos jogadores, por alguma novidade tática, mesmo que o técnico não admita mudar o "jeito" do time atuar, ou por troca de jogadores. Talvez Diego Tardelli apareça de alternativa ofensiva, Juninho Capixaba como necessidade pela lesão de Cortez ou até Luciano possa ser uma novidade na busca de finalizações. Tudo tem que ser tentado, até torcer por uma improvável autossuficiência do time de Felipão.