Não foi fator de desequilíbrio para o Grêmio a presença dos garotos Matheus Henrique e Jean Pyerre no meio-campo no Gre-Nal do Beira-Rio. Porém, eles estiveram longe de apresentar um mau futebol. Foram atuações competentes, suficientes para manterem o equilíbrio no setor, mas que não decidiram o clássico.
No caso específico do meia, cuja cobrança de Renato Portaluppi é para chegar mais na área adversária e arrematar, há algumas progressões ao ataque, tentativas de passes longos e pelo menos um chute cruzado depois de uma jogada individual.
Como o ex-titular Luan estava na arquibancada, vendo Jean Pyerre atuar no clássico, o questionamento é natural sobre a capacidade de o jovem assumir de vez a vaga que foi do antigo Rei da América. Se lembrarmos das atuações de Luan até 2017, sua volta seria quase uma obviedade, e o garoto que tratasse de achar uma outra posição para ambos atuarem juntos.
Há, porém, que se recordar que a estrela do Grêmio na última conquista da Libertadores não vem de uma boa fase desde o ano passado. Após a derrota para a Universidad Católica no Chile, devido a problemas físicos, médicos e técnicos, Luan foi retirado dos treinos normais por Renato Portaluppi para a tentativa de uma recuperação plena.
O Luan de 2018 e 2019 não fica a dever em nada para a atuação de Jean Pyerre nos últimos jogos. Ao contrário. O primeiro Gre-Nal final do Gauchão serviu como mais um teste forte e, ainda que não tenha havido uma atuação brilhante do novo titular, ele foi aprovado. Segue, portanto, uma evolução que permite oscilações, desde que não comprometendo a média.