A falta de um setor de psicologia no clube externa a desorganização do futebol colorado. Falar disso está longe de ser oportunismo. O time está dando sinais de desequilíbrio há muito tempo. As críticas à postura que os jogadores assumem em confrontos de extrema importância deixa claro que algum fator está desalinhado no ambiente do clube. Esse apoio mental é básico quando pensamos na estrutura de uma instituição com o tamanho do Inter.
O torcedor confia aos dirigentes esse tipo de planejamento. Na arquibancada, a última coisa que pensamos é no psicológico dos atletas. Porém, internamente, como profissionais do futebol, é obrigação do presidente e sua equipe pensarem nisso como uma prioridade. Qualquer clube minimamente organizado sabe da relevância que tem um ambiente de profissionais com a terapia em dia.
Dentro do Beira-Rio é preciso uma estrutura voltada para o psicológico. Isso deve ser trabalhado de forma organizada. A vaga no Inter está aberta desde o segundo semestre do ano passado. Essa informação evidencia que a pauta não é trabalhada com a importância que deveria. Quando algo é considerado importante todos trabalham para resolver a situação e suprir qualquer necessidade.
Infelizmente, o Inter tem se destacado negativamente na organização da sua estrutura. Além do psicólogo, quando o técnico Eduardo Coudet foi demitido, o clube não tinha nenhuma comissão permanente para lidar com as questões do time até a chegada do novo comandante. A displicência com questões além do campo pode explicar algumas dificuldades coloradas nos últimos tempos.