Fiquei refletindo por muito tempo sobre a próxima partida pela Sul-Americana. Não é nada confortável tratar um jogo desse como uma grande decisão. O contexto do campeonato e o rival desconhecido vão na contramão da história colorada. Hoje, essa é nossa realidade. Precisamos desse resultado. Por menor que seja o Delfín, o confronto é o famoso "matar ou morrer". Chegamos na última rodada da fase de grupos com uma obrigação desnecessária caso o time tivesse feito o mínimo.
Seguimos com várias teorias para entender a instabilidade do time treinado por Eduardo Coudet. E devemos seguir analisando e tentando interpretar o motivo de algumas coisas negativas estarem acontecendo com o Inter, principalmente em relação ao desempenho do time antes da enchente. O tempo parado prejudica qualquer tipo de avaliação, falávamos sobre isso antes mesmo do retorno aos gramados.
Apesar das teorias, análises e cobranças, que saudade da mentalidade do Fernandão. Nesses momentos, ficamos órfãos de atletas que acabam se identificando com clube profundamente. Nos empolgamos em jogos específicos. Seguimos apoiando e torcendo com força por quem defende as cores do Inter atualmente. Mas não é a mesma coisa. Parece que nunca mais terá alguém capaz de nos defender como Fernando Lúcio da Costa. Não é algo embasado em dados. Do outro lado, você pode ter argumentos que não confirmem o que estou dizendo. Porém, isso se trata de sentimento.
As lembranças por conta dos 10 anos da morte de Fernandão afloraram a ausência de mais nomes marcantes na história contemporânea do Inter. Sinto falta de jogadores que não se acomodem e não aceitem qualquer coisa diferente de vitórias e conquistas. Sem comparação, mas o último que se aproximou disso foi D’Alessandro. Mesmo assim, o argentino não fica na mesma prateleira de Fernandão. É normal. Na maioria das vezes, ídolos são únicos. Porém, eles devem servir como modelo de profissional que o clube procura.