O resultado da partida entre Inter e Grêmio pela Copa do Brasil sub-20 não foi bom. O Colorado foi eliminado nos pênaltis pelo maior rival. Perder nunca é algo positivo. Discordo de quem pensa que não é importante vencer na base. Esse é um momento importante para que os atletas desenvolvam DNA vencedor.
Por outro lado, a derrota nessa fase da carreira não pode significar um completo desastre na carreira do jogador. Perder é ruim e, mesmo assim, pode trazer lições. O insucesso em clássicos da base tem incomodado alguns torcedores. É um sentimento justo. Derrotas em sequência não podem ser colocadas apenas na conta da coincidência.
Ultimamente, a base colorada não tem rendido bons frutos ao time principal. São vários os fatores que afastam o clube de um melhor aproveitamento dos seus talentos. Falta de continuidade, estrutura física e localização geográfica, mudanças contínuas no comando técnico e na ideia de futebol, impaciência dos torcedores e domínio dos empresários.
Mesmo com esses percalços, aparecem grandes jogadores. Nesses momentos, percebe-se que falta sensibilidade por parte das gestões do clube. No início do ano passado, Vini Tobias, lateral-direito do Celeiro de Ases, foi vendido ao Shakhtar Donetsk sem nem atuar pela equipe principal. Em pouco tempo o potencial dele foi visto pelo Real Madrid e o acerto aconteceu com o clube espanhol.
Desde o início da temporada de 2023, o atacante Lucca tem se destacado pelo Inter. Ele resolveu jogos importantes pela Libertadores. Se não fosse o protagonismo dele, o Inter não conseguiria a classificação na primeira fase. Além disso, na partida do sub-20 contra o Grêmio, Lucca fez um gol antológico. Algo pouco visto nos gramados do mundo.
A obra de arte que Lucca fez não o credencia como gênio ou algo do tipo. Porém, depois de tudo que tem feito no ano ele merece ter um olhar especial sobre aproveitamento como profissional. Não é de hoje que ele tem sido considerado uma peça interessante com alta capacidade de ajudar o Inter em seus objetivos.