De fato, a preparação física do Inter é um problema reconhecido por todos, inclusive pela comissão técnica e direção colorada. Enquanto essa questão não for superada, a tendência é que os jogos sejam de muito sofrimento para o torcedor, pois esse é o primeiro passo para pelo menos competir contra qualquer adversário.
A questão é que não podemos resumir tudo ao preparo físico. Fiquei incomodado porque esse tema acabou sendo o centro das atenções nos últimos tempos dentro do Beira-Rio e me incluo nessa crítica. Como dito na primeira parte do texto, de fato é um ponto a ser melhorado, mas não é só isso.
O técnico Mano Menezes precisa ser cobrado pelo desempenho da equipe. Em nenhum momento dentro da temporada, o time apresentou um mínimo futebol de qualidade que pudesse convencer e empolgar o torcedor. Nesse contexto, podemos incluir até os fracos rivais do Gauchão que o Inter também não teve capacidade de ser destaque. Mano deveria ter conseguido fazer o elenco render pelo menos contra os times fraquíssimos que encontrou em todas as competições do ano.
Além do técnico, a direção precisa ser destacada como protagonista do insucesso colorado. Da mesma forma que Mano Menezes deveria fazer esse time jogar mais, em paralelo, ele em nenhum momento teve peças suficientes para elevar o patamar do time - condição que foi aprovada pelo próprio treinador. Porém, o papel da direção é conseguir avaliar a situação e ter pensado nos reforços para 2023.
O preparo físico é uma questão? Sim, claro que é. Mas isso não pode servir como cortina de fumaça para os vários problemas colorados. Inclusive, essa questão é assinada por uma gestão que falha de forma amadora em vários quesitos.
O Inter não é uma instituição que pode sofrer com algo tão básico como a condição dos seus atletas. O tamanho do clube não condiz com isso.