Nas primeiras linhas escrevo o mais importante: vitória e classificação. Dito isso, a noite de reencontro do Inter com a torcida não pode se resumir ao resultado. O desempenho foi ruim e sim, sofremos contra o Delfín. Sofremos para passar em segundo lugar num grupo fraquíssimo que ainda tinha Belgrano e Tomayapo.
Coudet não encontra soluções para furar bloqueios de times que começam retrancados e quando eles “se abrem” como aconteceu após o gol, também não aparece bom futebol. Não é culpa só do treinador, já que algumas individualidades estão sem confiança. Mas cabe ao técnico devolver isso ao time. Aos poucos, com vitórias, o time vai melhorando? Tomara que sim, mas não há, por enquanto, sinais de que isso ocorrerá em breve.
Coudet foi o protagonista da noite. Após o apito final queria partir pra cima de um torcedor. Um "gordo", como ele mesmo caracterizou, que teria lhe ofendido. O técnico se defendeu, dizendo que é sanguíneo, mas errou. Esse torcedor pagou ingresso, entrou no estádio e protestou. De onde? Da arquibancada.
De onde desde que se inventou o futebol falamos e ouvimos as maiores barbaridades possíveis. É o local onde muitos descarregam suas frustrações e que por vezes é muito tóxico. Mas é a arquibancada. É um espaço que se convencionou democrático.
Lugar de fala de todo tipo de torcedor. Cabe a quem está no campo ter equilíbrio e não ouvir, cuidando do principal que é o time dentro de campo. Nem Abel Braga, que ganhou tudo, teria esse direito, imagine quem ainda trabalha para ganhar o primeiro título.
Para não me alongar, vou tratar como um erro pontual, pois também tenho meu lado destemperado e já errei ao não medir as consequências do descontrole. Cabe a quem comanda e foi eleito com o voto do sócio torcedor avaliar esse tipo de conduta e trabalhar para isso não se repita e que se preserve o maior patrimônio do clube, a torcida.