Não estou entre os colegas que entendem que o ano está perdido, que a luta é para não cair no Brasileirão ou algo do tipo. Mas é preciso reposicionar a régua de cobrança por conquistas do Inter em 2024.
O time não treinará no CT Parque Gigante e não jogará no Beira-Rio por, no mínimo, 60 dias. Além disso, terá de viajar, jogar em estádios desconhecidos e ficar longe da torcida. Soma-se a isso o impacto de milhões para reconstruir CT e estádio e meses sem receita, além de redução no quadro social. Será muito complicado.
Como torcedor e jornalista, diante da magnitude do que estamos passando, me sinto na obrigação de “baixar a régua”. A cobrança sobre Eduardo Coudet, por exemplo, precisa levar em consideração os aspectos citados acima. O presidente Alessandro Barcellos, que fez de tudo para montar um elenco competitivo, não pode ser crucificado caso o sonhado título não venha. Não este ano.
Jogadores que tiverem queda de rendimento nos próximos jogos também têm esse salvo-conduto, sem contar o fator psicológico. Vamos cobrar o que de Thiago Maia, depois de vê-lo salvando vidas?
Acredito que o Inter montou um elenco capaz de enfrentar essas dificuldades e de competir até o fim nas três competições. Honrar a camisa é a única obrigação. E se o título vier, teremos motivos ainda maiores para comemorar. Vamos lutar.