Em 2023, desde o acerto de Enner Valencia com o Inter, nós, colorados, avisamos que ele não era o homem de área, que atuava como segundo atacante e precisava de um parceiro de ataque. A direção ouviu, entendeu a necessidade e trouxe Alario e Borré.
O equatoriano rende mais quando tem um homem de referência no ataque. Inclusive, os grandes momentos do Inter até aqui nesta temporada foram quando contava com dois centroavantes em campo. Assim, vencemos o Gre-Nal 441, por exemplo.
Sei que neste momento não tem muito como fazer testes. Não é o momento de fazer experimentos. Só que eu receio que Coudet repita um erro grave que foi cometido por Mano Menezes. O ex-treinador colorado, hoje sem time, sabia, com seis meses de antecedência, que teria Enner Valencia à sua disposição. E quando o atacante chegou, Mano botou ele como ponteiro-direito. E aí ele pagou a conta logo depois com a demissão. E é justamente isso: Coudet não está preparando o Inter para a entrada de Borré no time.
Mas claro, ele já fez isso. O Alario só não teve sequência. Por pelo menos três ocasiões neste ano, Coudet montou o time titular do Inter com dois atacantes. Em outras, isso ocorreu no decorrer das partidas. Então, eu quero que ele experimente mais essa formação, porque ali na frente ele vai ter Borré e Valencia.
E é logo ali mesmo. Me refiro a abertura do Campeonato Brasileiro, que é em menos de um mês. Quando o Inter receber o Bahia no Beira-Rio, pela primeira rodada do Brasileirão, Coudet vai ter os dois principais atacantes à disposição. Eu não consigo imaginar o Inter sem um dos dois no time.
Borré não pode começar esperando uma oportunidade para entrar, pois foi um investimento altíssimo da direção colorada — pagou ainda mais para trazer ele antes do previsto. E aí nós vamos deixá-lo no banco? Não. Borré e Enner Valencia, com o Alan Patrick chegando de trás, formam um tripé ofensivo maravilhoso. Esses três têm que jogar. Quem vai sair, eu não sei.