A jornalista Juliana Bublitz colabora com o colunista Tulio Milman, titular deste espaço
À frente da Gruppen, empresa gaúcha especializada em tecnologia e segurança da informação, Felipe Jacobs decidiu, em 2020, adotar home office definitivo em 100% da companhia. Agora, está inovando outra vez: para frear um mal que define como disfunção digital - causado pelo uso excessivo de eletrônicos -, o executivo lançou um programa de descanso extra para os colaboradores, batizado de relax semanal.
Por que a disfunção digital preocupa?
Porque está prejudicando a vida das pessoas. Empresas atentas já se deram conta de que a sobrecarga digital tem reflexos no bem-estar e na produtividade. É cada vez mais difícil ficar sem olhar o WhatsApp a cada segundo. Você se distrai, perde o foco, se irrita. O cérebro cansa. Para evitar isso, companhias nos EUA já estão criando áreas livres de eletrônicos, onde é proibido entrar com celular e notebook. Outras estão oferecendo cursos de jardinagem, pintura. É uma questão de saúde. O excesso de vida digital merece atenção.
E como funciona o relax semanal?
É uma pausa em um turno no meio da semana (além das folgas habituais), à escolha do colaborador. E não é para ficar em casa lavando roupa. Sugerimos filmes, atividades físicas. É um para ser um detox mesmo. Isso faz parte um programa de redução gradativa de carga horária, que acreditamos ser o futuro. Até 2022, serão no máximo cinco horas de trabalho por dia. Acreditamos que isso fará as pessoas se sentirem melhor e se tornarem mais produtivas.