A frase é do presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Voltaire de Lima Moraes:
— Estamos superando todas as adversidades jamais enfrentadas por outra administração na História do Judiciário gaúcho.
Não é exagero. Primeiro, a pandemia que esvaziou os foros e paralisou a tramitação de mais de 2 milhões de processos. Depois, um ataque hacker que tirou do ar a Justiça gaúcha. Agora, uma instabilidade no banco de dados que travou boa parte das atividades de juízes e advogados, causando prejuízos econômicos e sociais imensuráveis.
— A sociedade pode ter certeza de que estamos trabalhando diuturnamente para a volta da normalidade, bem como no sentido de investigar e, se for preciso, penalizar os responsáveis por mais esta situação preocupante — promete Voltaire.
Nesse sentido, determinou a contratação de uma auditoria externa para auxiliar na identificação dos problemas. A Dell e a Oracle, duas gigantes da TI que são fornecedoras do tribunal, trabalham para tentar identificar as fragilidades que empurraram a Justiça gaúcha para um quadro de extrema gravidade operacional.
Na segunda-feira, a OAB-RS emitiu uma nota em tom inédito de cobranças, apontado questões como a demora ao retorno ao trabalho presencial do Judiciário e os prejuízos à cidadania e a 100 mil advogados, impedidos de trabalhar. Os integrantes da administração do Tribunal têm trabalhado incessantemente na busca de segurança para a retomada dos processos. Até ontem, não havia respostas e nem um diagnóstico claro sobre a nova instabilidade.