O Brasil se encaminha para uma eleição presidencial de altíssimo risco. Não apenas pelo eventual resultado, mas pelo caminho que levará a ele. Ao que tudo indica teremos, em 2022, a mais truculenta, mentirosa e desonesta campanha eleitoral de todos os tempos.
Os fatores que levam a essa conclusão são nítidos.
- A polarização do debate nacional será potencializado pela conta de mortos e de responsabilidades da pandemia.
- As redes sociais apodrecem mais a cada dia.
- As pessoas estão indignadas e sem paciência.
- Os efeitos econômicos negativos da covid-19 vão demorar para passar.
Há mais fatores e engrossar esse caldo de mágoas e de ódios que ameaça a nossa democracia e as nossas relações pessoais, até o nível familiar.
Se nada for feito, o Brasil ruma, tal qual um caminhão desgovernado, na direção de uma parede de concreto. Mas o desastre é evitável. Saber que ele vai acontecer é o primeiro passo. Raiva, ódio e indignação são sentimentos normais e, até certo ponto, saudáveis. A questão é o que fazer com eles. Há quem pinte um quadro, dance, respire fundo, converse ou componha uma música. Há quem dê um murro na cara do outro.