Em vez de uma pilha de carteiras e certidões, tudo em um único aplicativo. Assim nasce um cidadão digital. Porto Alegre terá o seu primeiro ainda esse ano. A promessa é do secretário municipal da Inovação, Fernando Mattos.
— Cada vez mais, a digitalização passa a ser fator de inclusão social e condição básica para que o município preste serviços de melhor qualidade — explica.
O projeto está em fase adiantada. A ideia é iniciar o piloto, no máximo, até setembro. Ou seja, o pioneiro dessa nova era já está se desenvolvendo na barriga da sua mãe, mas não foi escolhido ainda, o que ocorrerá mais adiante.
Se sabe, porém, que o primeiro cidadão digital de Porto Alegre será um recém-nascido do Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, parceiro da iniciativa. Em uma segunda fase, a projeção é de que todas as maternidades de Porto Alegre se agreguem à iniciativa até o final de 2021, quando mais bebês terão seus prontuários médicos do nascimento, as declarações de “nascido vivo” e os números do SUS e CPF carregados em um único aplicativo, que será uma alternativa aos documentos físicos. Mais tarde, outros dados poderão entrar para o menu.
Mattos explica que os serviços digitais reduzem em até 97% o custo para o governo e eliminam da vida do cidadão burocracias e deslocamentos desnecessários, o que já foi comprovado em iniciativas de países como a Estônia, modelo mundial em serviços públicos digitais. No Brasil, o Ceará planeja oferecer um governo totalmente digital aos cidadãos até 2023.
Pela prefeitura, participam do projeto o Gabinete da Inovação, a Secretaria Municipal da Saúde e a Procempa, que trabalha para a integração de dados com o SUS e a Receita Federal.