Bem que Eduardo Leite poderia aceitar a provocação de Jair Bolsonaro. Em mais um dos seus arroubos de truculência negacionista, o presidente declarou que os Estados que restringirem a circulação de pessoas deveriam pagar pelo auxílio emergencial.
O governador gaúcho deveria usar a sua projeção nacional para dizer que concorda e acha justo, desde que a lógica se aplique para ambos os lados. Nesse caso, o governo federal, que debocha da pandemia, incentiva aglomerações, rejeita o uso máscaras e defende tratamentos sem comprovação científica deveria pagar por todos os prejuízos decorrentes disso, tanto na esfera pública quanto na privada. Bem como indenizar as famílias que perderam parentes por acreditarem que a covid-19 era uma gripezinha, que iria passar logo, que máscara não funciona e que a vacina transforma as pessoas em répteis.
Seria uma conta altamente lucrativa para o Rio Grande do Sul e para todos os Estados. Mas não vai se realizar, embora faça todo o sentido. O governo federal quebraria de vez.