
Eduardo Leite se saiu bem no seu primeiro teste de fogo como pré-candidato a presidente. O bombardeio veio do presidente Jair Bolsonaro, que misturou uma polpuda salada de números para acusar o governador gaúcho de gerir mal a crise da saúde no Rio Grande do Sul.
Leite não caiu na armadilha da radicalização. Em vez de bater boca e xingar, se postou diante da câmera e apresentou, de forma simples e direta, a sua visão dos fatos.
Se dar explicações é sempre desgastante, Eduardo Leite tem a metade cheia do copo para celebrar. Ao apontar sua artilharia para o Piratini, Bolsonaro reconhece, pela primeira vez, que o nome de Leite cresce na arena nacional. A estratégia de Bolsonaro é manjada: chamar os inimigos- reais ou imaginários – para brigar no pântano, onde o ex-capitão joga em casa.
Na sua réplica, Leite foi mais incisivo do que o normal, mas não aceitou o convite. No centro da polêmica, supostos R$ 40 bilhões em repasses do governo federal para o RS, que, na lógica bolsonarista, teriam sido suficientes para evitar o caos na saúde. Leite argumenta que esse montante não é resultado de repasses espontâneos do governo, mas sim de decisões judiciais, de iniciativas do Congresso e de fatias de impostos naturalmente destinadas ao Estado.
Foi só o primeiro round.