
Contrariando as expectativas e os temores de boa parte dos brasileiros, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, cumpriu exemplarmente com o seu papel. Quem imaginava que os técnicos pudessem sucumbir a eventuais pressões políticas, deu com os burros n`água. Me incluo nesse grupo dos encharcados, pelo que me desculpo com os leitores e, principalmente, com os servidores desse órgão de Estado.
A trama parecia irreversível: encontrar defeitos na vacina sino-paulista para aprovar a de Oxford e, com isso, impedir que João Dória tivesse ganhos políticos com a aplicação da primeira dose. De fato, o que se viu e ouviu nos pareceres e nos votos dos integrantes da Anvisa foram análises embasadas em critérios científicos, sem qualquer desvio politiqueiro.
Me sinto aliviado e mais seguro depois da votação e ontem, que autorizou o uso emergencial das primeiras duas vacinas no Brasil. Não apenas isso. A Anvisa foi rápida, cumpriu todos os prazos e respondeu de forma efetiva quando foi acionada. Que siga assim.