Quando a pandemia chegou ao Brasil e ao RS, junto veio o medo. Em doses certas, ele é importante, porque salva vidas e nos impulsiona a buscar soluções antes que os problemas se avolumem. Abaixo, cinco temores que, graças ao esforço coletivo de vários indivíduos, instituições e entidades, não se concretizaram:
1. Falta de comida nos supermercados: em várias regiões dos EUA e da Europa, a corrida às compras esvaziou prateleiras. Aqui, as cadeias de produção e de distribuição se mantiveram em níveis satisfatórios, o que deu tranquilidade à população, apesar da pressão atual nos preços.
2. Falta de leitos em UTIs: aconteceu em Nova York, em Londres, em Madri e em várias cidades do Brasil e do mundo. Em Porto Alegre e no Rio Grande do Sul, não.
3. Explosão de violência nas ruas: ações preventivas de inteligência e o trabalho corajoso e constante das forças de segurança são fatores fundamentais nesse quadro. Auxílio emergencial, doações de alimentos e menor circulação nas ruas também fazem parte dessa equação.
4. Falta de máscaras e de álcool gel: no começo da pandemia, chegou a haver escassez desses itens. Depois, o abastecimento se normalizou, ajudado por milhões de doações em todo o território nacional.
5. Milhões de mortos no Brasil: passamos de 150 mil, número desolador - mais de 5,1 mil no RS. Mas, sem os cuidados do distanciamento social, da higiene preventiva e sem as medidas impopulares tomadas pelo governo do Estado e por várias prefeituras, esse número seria muito maior. Também poderia ter sido menor se não houvesse tanto negacionismo, politização excessiva da pandemia e aversão à ciência.