Aos poucos, cidades como Manaus, Fortaleza, Campinas e Brasília vão reabrindo os cinemas. O setor espera que, entre o final de setembro e o início de outubro, até 80% das salas do país voltem a exibir filmes e a receber o público, seguindo as regras de distanciamento e higienização. Inclusive no Rio Grande do Sul. O presidente da Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas, Ricardo Difini Leite, avisa que haverá um contato com o governo gaúcho na quarta-feira para tratar do assunto, embora a liberação final seja uma decisão das prefeituras.
Ricardo entende que, com a gradual flexibilização para outras atividades e o esperado recuo nos números da covid-19 daqui para a frente, também será permitido abrir salas de cinema no Estado em cidades sob bandeira amarela, ou até mesmo laranja. Hoje, no entanto, a atividade não está prevista em nenhuma das regras das bandeiras.
– Os nossos protocolos estão prontos e cada governo vai ver se será preciso adaptar algo – diz.
As salas de cinema funcionarão com, no máximo, 50% da capacidade, por exemplo. Será obrigatório o uso de máscaras. Quando os ingressos forem adquiridos (para uma pessoa apenas, casal ou mais membros de uma família), automaticamente serão bloqueados dois assentos de cada lado, para garantir o distanciamento. As salas também serão descontaminadas no intervalo de cada sessão. A refrigeração não é problema, garante o dirigente, uma vez que há renovação com ar que vem da rua.
Hoje são cerca de 3,6 mil salas de cinema no país. O setor emprega de forma direta aproximadamente 40 mil pessoas. A maior parte está com o contrato de trabalho suspenso.