Uma semana depois da posse de Carlos Bulhões como reitor da UFRGS, a revolução não aconteceu. A indignação e as manifestações públicas perderam força e o que se vê, hoje, é uma acomodação.
Se a universidade estivesse funcionando normalmente, talvez fosse diferente. Mesmo assim, há um entendimento cada vez mais consolidado de que não há como reverter a escolha do presidente Jair Bolsonaro, que contrariou sim uma tradição, mas não a lei.
A postura de Bulhões, que está buscando o diálogo e reconheceu a legitimidade de qualquer manifestação democrática, mesmo as contrárias a ele, é outro fator que conta. Quem esperava truculência, caça às bruxas e gritaria encontrou um reitor que ouve, negocia e fala. A escolha dos diretores das faculdades será o próximo e, talvez, o definitivo teste.